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Se Guardiões da Galáxia fizer sucesso...

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 Se aproxima a estreia de Guardiões da Galáxia, novo filme da Marvel Studios, baseado em um grupo de heróis existente nas histórias em quadrinhos. Ou quase.
 Desconhecidos do grande público e pouco conhecidos pelo pequeno público, Guardiões da Galáxia (que promete reunir ficção científica e comédia, e acrescentar trama intergalática ao Universo Cinemático Marvel) é um completo tiro no escuro.
 Se o filme fracassar em crítica e bilheteria, então a Marvel irá chorar pelos trilhões de dólares gastos na produção do longa.
 Agora, se for um sucesso....muita coisa vai acontecer e diversas áreas da cultura e do consumo popular irão ser afetadas.
 Querem exemplos?


Quadrinhos


 A cada filme novo de herói, o mercado dos quadrinhos (que é a causa dos filmes) acaba se tornando consequência. 
 Com os filmes do Thor, o deus nórdico ganhou um espaço maior nas revistas dos Vingadores. O mesmo para Capitão América (que tem sua própria revista) e Hulk.
 Até personagens menos conhecidos tiveram mais espaços nas HQs, como a Viúva Negra (sendo fixa nas histórias dos Vingadores Secretos) e Gavião Arqueiro (que ganhou um título só seu dentro da revista do Capitão e conquistou na Marvel uma importância semelhante que o Arqueiro Verde tem na DC Comics).
 Agora, se o sucesso do filme for realmente arrebatador, a comparação a ser feita é com Homem de Ferro.
 Conhecido apenas de nome e de vista, poucos são os que cresceram lendo Homem de Ferro. Mas quando seus três filmes, sua aparição em Incrível Hulk e sua participação em Vingadores o apresentaram de uma maneira diferente, o personagem se tornou o super-herói favorito de todo mundo.
 Isso também criou uma leva de pseudo-nerds que nem conheciam Tony Stark e do nada começaram a dizer que liam os quadrinhos do Homem de Ferro desde a infância.
 Se Guardiões da Galáxia fizer sucesso, se preparem para ver o mundo dos quadrinhos mudar.
 Além de surgirem revistas do grupo á venda nas bancas, edições clássicas de "colecionador" também serão lançadas nas bancas, e posers irão dizer que são fãs há anos.
 Lembrem-se, hoje ninguém conhece os Guardiões. Vamos ver depois do dia 31.


Vídeo-Games


 O argumento é basicamente o mesmo em relação ao dos quadrinhos
 Com o auge dos heróis, os consoles é que lucraram.
 Não só do lado da Marvel, mas principalmente o da DC Comics.
 Os jogos do Batman andam bombando. Arkham Asylum, Arkham City, Arkham Origins e Arkham Knight, com data de lançamento prevista para 2015, já fazem parte da mitologia do morcegão.
 Inclusive, o jogo de luta "Injustice: Gods Among Us" com heróis e vilões da DC é um dos melhores jogos de luta da atualidade, contendo personagens raros até nas HQs, como Lobo (que tem seus poderes e aparência bem fieis ao que os quadrinhos apresentam).
 Já o estouro dos filmes da Marvel acabaram revelando e trazendo para o Brasil, no Facebook, o jogo de RPG "Marvel: Avengers Alliance" com a presença de vários personagens da Casa das Ideias. Desde os famosões como Wolverine e Homem-Aranha até os mais anônimos como Luke Cage e Punho de Ferro.
 Agora, se Guardiões da Galáxia fizer sucesso...
 Jogos próprios da equipe irão ser desenvolvidos para todos os consoles possíveis, os personagens Star-Lord, Gamora, Drax, Rocket Raccoon e Groot possam aparecer em jogos como o Avengers Alliance.
 Deste modo, o único integrante dos Guardiões conhecido dos games deixará de ser Rocket Raccoon, guaxinim presente nos games de Marvel vs Capcom e que eu, sinceramente, pensava ser da Capcom.

Atores


 Todo mundo lembra o que foi que aconteceu.
 Com o estouro de Vingadores, foi difícil dizer se o idolatrado por todos e todas era na verdade o Homem de Ferro ou Robert Downey Jr, o ator canastrão e malandro que entrega carisma a todo personagem que interpreta.
 Seu visual, seu estilo, seu passado da vida de bad boy (épocas das drogas e prisões) e suas atuações em comédias como Parto de Viagem e ações como Sherlock Holmes (ninguém com a decência de recordar de Chaplin, o melhor filme de Downey). 
 Robert Downey Jr, com o sucesso de seu personagem mais famoso, se tornou ídolo teen.
 O que não é difícil de acontecer em Guardiões da Galáxia.
 Por um lado, temos um ator bonitão e desconhecido interpretando o protagonista...arriscado e prestes a se tornar capa da Capricho, Chris Pratt é um nome a não ser esquecido brevemente (isso se o filme for um sucesso).
 Por outro lado, temos dois personagens carismáticos interpretados/dublados por atores famosos. Rocket Raccoon, o alienígena guaxinim, é encorporado pelo recém-indicado ao Oscar, Bradley Cooper.
 E interpretando a árvore de quase três metros de altura, está Vin Diesel. Um homem semelhante a uma árvore em questão de atuação e resistência física.
 Agora, basta esperar.
 Qual deles vai ser o espetáculo com as meninas fãs? Os dois famosos que não aparecerão, o anônimo bonitão...ou ninguém chegará aos pés do que Robert Downey Jr. chegou. Lembrando que isso também não chega perto do que Johnny Depp chegou com Jack Sparrow, em Piratas do Caribe.


Cinema



 Esta, talvez seja um pouco teórica.
 Os Vingadores 2 estreiam ano que vem, e, pelo menos até agora (em plena realização da San Diego Comic Con) parece que os Guardiões não farão parte da turma de heróis a se fazer presente no filme. Deste modo, fica difícil entender como que esses personagens intergalácticos irão fazer parte do que chamamos de Fase 2 da Marvel nos cinemas.
 Talvez este seja um teste do próprio estúdio Marvel para checar formas de apresentar novos personagens, já que, até agora, seus filmes da segunda fase foram todos com heróis já conhecidos.
 Assim, a nova aposta da Marvel é a ação se misturando com comédia...o que tem tudo pra dar certo (uma prévia disso em pequenas doses nos foi mostrada nos longas do Homem de Ferro).
 Portanto, se a fórmula de GdG der certo, a Marvel reaproveitará nos próximos (como Homem Formiga e Doutor Estranho, que ainda não tiveram sua participação nos cinemas).
 Se der errado, não fará diferença nenhuma pois NINGUÉM conhece ou se importa com estes personagens, e todo o dinheiro e divulgação gastos com a nova aposta do estúdio terá sido desperdício.
 Então, não há nada a se esperar, e só há algo a se dizer...
Guardiões da Galáxia, o futuro da Marvel está em suas mãos.



Harry Potter Fanfic - Fases da Lua

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Arte de Mateus Queiroz


 Aquela garota. Ninfadora Tonks. Isso, a dos cabelos coloridos. Ela é diferente, de um jeito engraçado, chamativo. Devem ser os cabelos que mudam de cor de três em três horas, aquela mania engraçada de mudar a cara ou o corpo tão bonito que me causa estranheza o fato de ela fazer parte d'A Ordem.Jovem e encantadora.
O de diferente também era o nível de incomum que ela tinha em nossas reuniões. Enquanto eu, velho e cicatrizado, comia chocolate em silêncio, Moody resmungava com metade do nariz faltando e o Kingsley olhava pra todos com seus olhos arregalados e cansados...Tonks olhava sorrindo pra todos, sendo jovem.


 Ela deve ser interessante! Ela é interessante!
 Mas de nada vale um interesse quando se há a possibilidade de virar um monstro em um jantar noturno e arrancar a cabeça da Ninf...não, não Ninfadora! Não uma bruxa interessante, bonita e que me encanta. E sim uma criança, ameaçada pela maldição que me persegue.
  Entenda, Lupin!! Você é um maldito lobisomem, o medo que a garota teria é infinitamente maior do que o encanto que ela proporciona.


  Eu consigo conjurar um patrono poderoso o suficiente para derrubar as paredes de Azkaban.
 Eu consigo me transformar em uma fera lupina sem consciência ou escrúpulos.
 Eu consigo até deixar um dementador inconsciente com simples feitiços como o Riddikulus
 Mas se existe algo que eu não consigo é me manter afastado de Tonks. Eu realmente tentei. Mas o fato de trabalharmos juntos não colabora. E ela parece tão entusiasmada por estar n'A Ordem, curtindo tudo aquilo como se fosse mais um dia de loucura adolescente com que estava acostumada. E sempre perto de mim.  Seus cabelos coloridos sempre perto de mim, assim como sua pele de texturas e cores mutáveis, suas vestes sujas e de couro....e o espírito que, independente do corpo que ela escolhesse, sempre se mantinha rebelde e exótico...assim como seu nome. Sempre perto de mim, tão perto e tão distante. Assim por minha escolha.
 Sem contar que tem mais essa - Sirius Black, meu melhor amigo da época da escola, acaba de sair de Azkaban e agora convive conosco, depois de toda uma burocracia que teve que enfrentar por Hogwarts. A maior é que Sirius e Ninfadora são da mesma família (assim como Narcisa, Belatriz e Andrômeda, mãe de Tonks).
 É uma grande coincidência que os únicos Black de bom coração acabaram conquistando um espaço no meu. Sirius como um amigo, uma espécie de irmão que Hogwarts e Os Marotos me deram. E Tonks é...a garota que amo.
 Claro que isso não importa. Mesmo que o amor seja o sentimento mais belo de todos, de que adiantaria praticá-lo com um monstro dentro de mim só esperando pra tirar sangue deste coração pulsante?
 Um lobisomem e uma criança. Nosso amor resultaria em dor. Mas sabe de uma coisa? Nunca ansiei tanto pela dor.


  Foi num dia desses que eu não sabia como me sentir. Era um dia feliz, um dia de comemoração. Sentados em volta de uma mesa no Três Vassouras, eu e boa parte dos membros da Ordem enchíamos a cara de cerveja amanteigada. Claro, o motivo da comemoração não estava por lá...ainda era muito cedo para que Sirius ficasse conosco em público....talvez isso nunca chegaria. Um grupo de detentores da magia negra não pode andar por aí com alguém que é considerado um dos mestres de tal magia.
 Mas de qualquer maneira, estávamos bebendo e rindo pelo fato do grande Sirius ter escapado de Azkaban.
  - Ele ainda está bonito. Mesmo depois de Azkaban, não acham?
  Um comentário inocente, entre amigos e alguns copos de cerveja. E não sei se foram as cervejas ou o conforto que eu estava sentindo (porque, por Merlin, meu amigo escapou de Azkaban!), mas abri a boca e deixei um comentário escapar. Um comentário com besteiras e alguns medos que eu tinha, mas que, tenho certeza, soaram mais como loucuras de um bêbado:
 - Você pode ter se apaixonado por ele. - E entre risos, soltei mais uma lembrança de meu colega de escola. - Ele sempre teve as garotas.
 E tão rápido quanto eu disse minha besteira misturada com o que eu pensava e temia ser verdade, Tonks (há tempos eu não a chamava mais de Ninfadora) resmungou sua verdade que fingimos não entender:
 - Você saberia perfeitamente por quem eu me apaixonei se não estivesse tão ocupado sentindo pena de si mesmo.
 Eu já fui atacado por Comensais da Morte, bruxos das trevas, trouxas enfurecidos e até por uma árvore viva. Mas o que ela disse foi como um tapa em meu rosto. Um tapa daqueles que te deixa sentindo dor...um certo arrependimento por ter deixado-a com raiva e uma certa dor por notar que ela sentia algo por mim. Ela sentia algo por um monstro assassino, e isso Tonks nunca mereceu.
 Porém, também foi o tipo de tapa que meu egoísmo (uma das poucas características humanas que me restavam) fez com que fosse confortável. Confortável porque, sendo um tapa ou uma carícia, ela me tocou de algum modo.
 Felizmente, Tonks gosta de mim. Infelizmente, Tonks gosta de mim. O homem é o lobo do homem, a indecisão entre felicidade e medo...é o que define o amor.


Eu simplesmente devo vários agradecimentos a Sirius Black.
 Além de ser um ótimo amigo e me ajudar na época de escola, ele foi do tipo de pessoa que mesmo debaixo de lama ou sangue, seu sorriso continua sincero...independente das circunstâncias, Sirius sempre foi meu irmão.
 Além disso, ele era o assunto. O assunto em comum que eu e Tonks tínhamos. E eu o agradeço por isso.
 A adolescência de Sirius, o parentesco dele com minha ruiva/loira/morena favorita, nossas aventuras enquanto Marotos e membros da Ordem da Fênix...todos esse assuntos eram o que tornavam animadas as nossas conversas quando o silêncio surgia.
 Em nosso caso, é preciso quebrar o silêncio. O silêncio nos faz pensar, e pra nenhum de nós dois é bom ficar pensando. Ela com certeza se lembraria que é a única, além de Sirius, na família que não mata inocentes ou segue fielmente a Voldemort (sendo também uma das poucas "Black" que o chamava pelo nome). E o silêncio simplesmente me lembrava da maldição que estava em mim...um silêncio familiar para quem só é ele mesmo debaixo de um céu enegrecido e uma lua cheia brilhante. Assim, Sirius Black, o cara mais barulhento que eu conheço, nos ajudava a quebrar aquele silêncio desconfortável.
 Principalmente, deveria agradecer Sirius por ter sido o assunto responsável por Tonks finalmente dizer que gostava de mim.
 Se você estiver me ouvindo, Almofadinhas, quero que saiba que sou grato a ti. Me ajudou a ser um adolescente seguro, e depois, um adulto feliz.

 - Remo, precisamos conversar.
 - Tonks, sobre o outro dia. Desculpe pela brincad...
 - Não peça desculpas. Fiquei feliz que você brincou.
 - Feliz? Me pareceu tão brava.
 - No momento, sim. Mas fiquei feliz depois. Se não fosse por aquilo, eu não teria outra chance pra dizer o que sempre quis.
 - Sobre a beleza do Sirius? As garotas diziam isso o tempo todo no tempo de escola.
 - Por favor, não haja como um idiota arrogante que você não é. Não agora.  - Tonks nunca me pareceu tão adulta. - Olhe pra mim, Remo.
 Eu olhei. A garota segurou meu pescoço como se quisesse me esganar (eu realmente pensei que isso era o que ela queria fazer) e o puxou para perto de seu rosto. De olhos arregalados e ofegando quase que instantaneamente, vi a Tonks se aproximar cada vez mais...e me beijou. Na verdade, nos beijamos.
 Eu me senti tão bem. Finalmente tive aquilo que eu sempre quis...um beijo. E não qualquer beijo, um beijo da Tonks. Por conhecê-la tão bem, soube que a partir daquele momento não éramos mais colegas de trabalho ou conhecidos. Um beijo, tanto pra mim quanto pra ela, significava uma união. A união confortável de dois amantes que finalmente disseram a verdade. Para nós dois, estava claro que éramos, agora, um casal.
 Mas durante aqueles segundos que o beijo durou, notei muito mais coisas que ela. Um monstro apaixonado Para mim, estava claro que eu estava fazendo a melhor coisa da minha vida, mas a pior coisa pra ela. Um monstro que deixou a donzela iludida entrar em seu castelo, sabendo que qualquer sentimento puro e inocente seria convertido a sofrimento. Pra mim, estava claro que Tonks estava condenada.
 - Eu te amo, Tonks.
 - E eu te amo....Professor Lupin. - Ela riu, aquele sorriso de criança que me deixava feliz como uma.
 Nos beijamos de novo. Segurei sua mão sabendo que quando a soltasse, minha vida terminaria.
 A partir daquele momento, comecei a viver. E a partir daquele momento, Tonks estava morta.
 O dia em que fui mais cruel, o dia em que fui mais feliz. Como sempre, um maldito lobisomem egoísta.

FDR #07 - O Drama de ser fã de Lost.

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  Você pode ser fã de QUALQUER seriado.
 Sério, mesmo. Qualquer um. Breaking Bad, Gossip Girl, Chaves, Supernatural e até mesmo aquela Terra Nova,de qualidade mais do que duvidosa.
 Você só não pode ser fã de Lost. É a PIOR sensação que alguém pode ter.
 Eu sou fã de Lost, e lamento muito todos os dias. Lost é meu seriado favorito, e dói dizer ou escrever essas palavras.
 Nós sofremos bullying. Nós somos discriminados. E o pior de tudo...é que Lost nos deixa com sequelas psicológicas.
 Não entendeu? Vou explicar melhor.



 A série trata sobre alguns sobreviventes de um vôo que cai em uma ilha. Se o resgate viesse logo em seguida, como costuma acontecer, tudo estaria bem. Acontece que esse resgate nunca surge, e eles se mantém presos na ilha sofrendo ameaças de pessoas selvagens, ursos polares, monstros de fumaça, javalis e outros perigos de ilhas tropicais (Mesmo que ursos polares não se enquadrem nesta categoria).
 Mas isso é tudo que os não-fãs sabem da série. Não conhecem os poréns, os mistérios e tudo o mais que torna o seriado empolgante.
 E o outro pequeno fato que TODO MUNDO sabe sobre Lost é: O final é muito ruim.
 Muito ruim. E isso é opinião geral. Fãs, críticos, famosos, gente que assistia apenas por diversão....o final de Lost ser um lixo é fato consumado.
 Mas nosso erro foi que nos revoltamos publicamente contra isso.


 Não é necessário divulgar aqui como foi o final,o que aconteceu e porque é tão ruim.
 Tudo que você precisa saber é: O final é decepcionante.
 E isso nos persegue.
 Situação: Todos estão conversando sobre séries de tv que gostam. Aí você abre a boca pela primeira vez e diz:
 - Então, tem um episódio de Lost em que o Sawyer está preso numa gaiola e...
 - Cale a boca! O final de Lost é ruim, não quero nem saber.
 Ou então quando prepare-se para ler sobre algo que já me aconteceu você diz:
 - Em Lost tem ursos polares, médiuns, maldições, curandeiros, videntes, monstros...
 E alguém responde:
 - Pois é, Lost tem tudo. Menos um final decente.
 Esse é o primeiro ponto do drama de ser fã de Lost.


 Depois disso, vem o segundo ponto.
 Assistindo Lost você cria uma certa simpatia pelos personagens e, consequentemente, pelos atores que os interpretam. Foi assim comigo, e também seria assim com você.
 O problema é o seguinte: Quando Lost acabou, o final não foi bem recebido e isto colocou o seriado inteiro em maus lençóis. Resumindo, poucos foram os atores de Lost que tiveram algum futuro.
 Claro, Evangeline Lilly ( a Kate) conseguiu papeis bons como a garota de Gigantes de Aço e a elfa Tauriel em Hobbit: A Desolação de Smaug. Sem contar que ainda especula-se que vá interpretar Vespa nos próximos filmes da Marvel (como Homem-Formiga).
 Mas ela foi a que mais se deu bem...ou a única que se deu bem.
 Quando vejo atores de Lost em qualquer outro lugar, dou gritos de alegria. Foi assim vendo o Mr. Eko em Pompeia, o Michael no piloto de Constantine, o Sawyer fazendo participação em Community, o Charlie no filme do Wolverine, o Jin em Hawaii Five-0 e vários atores de Lost em Once Upon a Time (a reunião de todos os losties).
 Mas enquanto isso, personagens menos conhecidos acabam tendo atores menos conhecidos que não se consagram em lugar nenhum. Esse é o drama!! Nós gostamos dos menos conhecidos.
 O próprio Nestor Carbonell (intérprete do imortal Richard Alpert) precisa usar camisetas com os dizeres "eu estava em Lost" em entrevistas de emprego para poder se contratado.
 Alegria de fã de Lost dura pouco, mais ou menos o tempo de alguma participação especial em algum lugar ou um episódio de Once Upon a Time (que contém oficialmente o Hurley, a Claire e o Charles Widmore no elenco).


 E o terceiro e último ponto do drama de ser fã de Lost é: Nós nunca vamos encontrar NADA igual a Lost.
 ABSOLUTAMENTE NADA.
 Lost, durante todo o tempo que durou, era perfeito.
 Personagens bem criados, com passado, presente e futuro estabelecidos e inalterados. Um universo recheado com diversidade e surpresas no roteiro. Mistério, comédia, drama, terror, ação e até o romance encontrava espaço na trama da série. Era realmente perfeito, inovador e único.
 Mas, novamente...o final CAGOU tudo que Lost havia conquistado.
 Toda a credibilidade que J.J. Abrams e sua maravilhosa criação haviam conquistado se perderam com o último episódio...e nada mais daquilo foi repetido.
 Nós, fãs de Lost, acabamos ficando com sequelas.
 Por querermos mais coisas semelhantes a Lost e por saber que essas coisas não existem, procuramos Lost em tudo.
 Se alguém me pede:
 - Escreve os números aqui.
 É natural que eu pegue o lápis e escreve 4 8 15 16 23 42 . Porque pra mim e pra todo fã de Lost, esses realmente são os números.
 Ou a escotilha. Impossível não se lembrar de Lost quando ouço palavras como escotilha, urso polar, outros, iniciativa , fumaça preta e várias outras.
 Alguns começam a gostar de tudo que envolva mistérios, e se perdem em livros de Agatha Christie, filmes de Sherlock Holmes e séries policiais. Outros se apaixonam por J.J. Abrams, o criador da série, e se empolgam pra assistir Fringe, Alcatraz, o novo Star Trek e cruzam os dedos pela nova trilogia Star Wars que ele vai dirigir.
 Já o meu problema é com o personagem protagonista da série: A própria Ilha!


 Eu sempre procuro assistir e acabo gostando de tudo que envolva uma ilha.
 Tudo mesmo.
 Ilha do Medo, Ilha Rá-Tim-Bum, Ilha da Fantasia, A Praia, Ilha dos Desafios e até aquele reality show No Limite, que o Zeca Camargo apresentava.
 Resumindo, o drama de ser fã de Lost se resume em três simples fatos que acabam sendo motivos para assistir a série :

1 - O final é a pior coisa de todo o seriado.
2 - Os atores são pouco conhecidos e difíceis de se encontrar em outros lugares.
3 - Não existe nada igual a Lost.
E a lição de moral que eu gostaria de deixar para você, que agora entende o meu drama e o de milhões de fãs pelo mundo, é simples: Assista Lost, se apaixone, vire fã e se torne um de nós.
 O choro é livre.

Top V - Papeis repetidos de Robin Williams

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 Dia 11 de Agosto de 2014, o mundo sofreu uma grande perda.
 Robin Williams, grande ator de comédias dramáticas, foi encontrado morto. Tudo indica que a causa de sua morte tenha sido homicídio, algo incompreensível (para nós, que vemos de fora) pois é difícil ver tristeza na vida de alguém que emanava felicidade.
 Vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Gênio Indomável e dono do título de homem mais engraçado do mundo, Robin Williams se tornou conhecido por sua versatilidade em tragicomédias.
 Porém, há certos tipos de papeis que Williams desempenhou tão bem a ponto de ser contratado para que repetisse seus papeis. Assim sendo, Robin Williams acabou interpretando várias vezes personagens muito parecidos uns com os outros, das mesmas classes, espécies e profissões.
 Em homenagem a obra desse ator que não será facilmente esquecido, uma lista com os cinco (fora as menções honrosas) papeis que Williams mais repetiu em sua não suficientemente longa carreira.




V - Médico



 Foi primeiramente em 1990, com o filme Tempo de Despertar (imagem acima) que Robin Williams mostrou saber interpretar um bom médico.
 No longa, Williams trabalha tratando de pacientes em estado catatônico quando descobre, com testes de percepção, que eles estão apenas adormecidos. Com exames e terapias, o doutor acorda os pacientes fazendo com que voltem a viver exatamente do momento onde pararam, dando novamente um significado á vida daquelas pessoas.
 Devido a seu ótimo desempenho nesse filme, Williams logo garantiu seu papel em uma obra que seria uma de suas maiores atuações -Patch Adams, O Amor é Contagioso.
 Em Patch Adams, Robin Williams interpreta o médico que dá nome ao filme, que trata seus pacientes se utilizando de terapias bem humoradas, divertidas, carinhosas e, é claro, usando seus sapatões e narizes de palhaço. Com irreverência e seu amável sorriso, Robin Williams transmite perfeitamente a compaixão deste doutor da alegria.
 "A missão de um médico não deve ser apenas evitar a morte. Mas sim também melhorar a qualidade de vida. É por isso que se você trata uma doença, você perde ou ganha. Mas se você trata uma pessoa, eu te garanto, você ganha."

IV - Radialista



 No Brasil, é comum que ouçamos sobre famosos que antes de ingressarem na televisão ou no cinema tenham passado pelo rádio.
 Isso não aconteceu com Robin Williams, mas sim com dois personagens de dois de seus melhores filmes.
 O mais recente deles é Segredos da Noite, de 2006, onde Williams interpreta um radialista (apresentador de programa de rádio) que ao entrevistar um jovem escritor de quatorze anos se vê envolvido em um perigoso e intrigante mistério. Com trama envolvente, atuação convincente e premissa interessante, este filme tem, infelizmente, como comentário mais evidente o fato de que o papel do radialista (no caso, o protagonista) só foi oferecido a Robin Williams por causa de um de seus filmes mais clássicos, em que também interpreta um radialista: Bom Dia, Vietnã (foto acima).
 Em "Bom Dia, Vietnã" de 1988, Williams apresenta um programa de rádio especial durante a época da guerra do Vietnã, fazendo piadas, atualizando os combatentes com músicas de sucesso da época, dando conselhos para os soldados (sempre sem sair da sua confortável e segura cabine de rádio) e conquistando sorrisos dos militares e olhares tortos das autoridades e altas patentes.
 "Quando pensar que é um Golias, então deve tomar cuidado com algum Davi."


III - Presidente


 Talvez o papel de Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, nas comédias Uma Noite no Museu e Uma Noite no Museu 2 seja o papel de Robin Williams do qual a nova geração melhor se lembre.
 Nestes dois filmes, William é Ted Roosevelt - vigésimo sexto presidente dos Estados Unidos. Ou pelo menos é a estátua de cera dele, que ganha vida (assim como todas as peças do Museu de História Natural de Nova York) todas as noites.
 Novamente, Robin Williams mescla sabedoria,bom humor e carisma para interpretar um grande líder. Grande líder e presidente dos Estados Unidos que, ironicamente, desenvolve um romance com Sacajawea.
 Estando presente também na sequência de Uma Noite no Museu, Williams estava gravando, no momento, o terceiro filme da franquia. As filmagens foram interrompidas e, até agora, não há notícia de como o filme seguirá sem Williams no papel de Theodore Roosevelt, o presidente mais carismático do Monte Rushmore.
 Também tendo se destacado interpretando o presidente Dwight Eisenhower (quem é? Eu não sei!), no recente O Mordomo da Casa Branca, Williams tem experiência como presidente dos Estados Unidos.
 Deve ter sido por isso que entre tantas celebridades nos Estados Unidos, foi justamente Barack Obama, atual presidente da potência mundial, que demonstrou ter ficado muito chateado com a morte do ator.

II - Sobrenatural.



 Como quase todo bom ator, Williams teve sua vez com as crianças. Ou melhor, suas vezes com as crianças.
 Saindo um pouco dos filmes de comédia dramática, também houveram alguns filmes infantis em seu currículo, muitos desses em que interpretava algum personagem de alcunha sobrenatural. 
 O primeiro deles foi Hook, de 1991, dirigido por Steven Spielberg. Neste longa, Williams interpreta Peter Banning, executivo que não dá atenção á família e, de repente, precisa ir á Terra do Nunca para resgatar seus filhos que foram sequestrados por Capitão Gancho. Nada de sobrenatural em seu personagem, apenas na trama. Mas tudo muda quando se comenta que Peter Banning é apenas o nome que ele começa a usar quando adotado, e que sua verdadeira identidade é a de Peter Pan, o garoto que nunca cresce (ou que nunca crescia).
 Três anos depois, Williams voltou a atuar em fantasias e gravou o seu MAIOR clássico - Jumanji. Dirigido por Joe Honston (o mesmo de Querida, Encolhi as Crianças), Jumanji trata de um jogo mágico de tabuleiro que causa efeitos na vida real. O personagem de Williams é um indivíduo comum mas que acaba se tornando sobrenatural ao ficar vinte e seis anos preso do jogo. De modo que entre no jogo criança e só tenha conseguido se ver livre dele na forma de adulto.
 Não foram só infantis os filmes em que Williams se comprometeu a interpretar personagens que fugissem da realidade. No drama romântico Amor Além da Vida, Robin Williams interpreta um homem que falece e vai para o Paraíso e tenta, com todas as suas forças, reencontrar sua esposa (também morta, porém enviada para um lugar onde somente os suicidas vão).
 Mas o mais divertido, encantador e emocionante de todos estes papéis é o Gênio da Lâmpada, a quem Robin Willians deu a voz e a vida na animação Aladdin, de 1992. 
 Cheio de piadas, referências a cultura popular e egocentricidades em seus atos, o Gênio foi, em toda a carreira de Robin Williams, o personagem mais irreal de todos e, com certeza, o mais parecido com ele mesmo.

I - Professores



 Começou em 1989, com Sociedade dos Poetas Mortos, onde interpretava um inspirador e amante das artes professor de inglês.
 Depois, em 1991, em Pescador de Ilusões, interpretou um professor de história falido que passa a viver na rua como um mendigo insano, sempre em busca do Santo Graal.
 Na comédia Flubber de 1997, Robin Williams interpreta um professor maluco de ciências que encontra inúmeros problemas com uma substância verde e melequenta que ele mesmo cria.
 Ainda em 1997, veio Gênio Indomável, de Gus Van Sant, particularmente, meu filme favorito de Robin Williams. Neste filme,Williams é um professor genial e analista que tem como duro objetivo ajudar o gênio problemático interpretado por Matt Damon a enfrentar seus demônios interiores para deixar de ser tão encrenqueiro.
 E em Melhor Pai do Mundo, de 2009, filme mais recente em que Williams interpreta um professor, ele é um pai que forja um bilhete de suicídio do próprio filho para evitar constrangimentos sobre sua verdadeira causa de morte.
 Com tantos filmes em que interpreta um professor, independente de qual disciplina, Williams não pode dizer que morreu sem deixar nenhum ensinamento.
 Talvez ele nem seja ator, comediante ou nada do que diziam que ele fosse.Talvez o que ele realmente era, fosse um professor. De inglês, de história, de ciências, de poesia, de filosofia, de atuação...e de como viver.
 "Lemos e escrevemos poesia, não porque é bonito. Lemos e escrevemos poesia porque nós somos os representantes da raça humana, e cheia de paixão. Medicina, direito,negócios, tecnologia necessária para sustentar a vida. Mas a poesia, beleza, romance e amor - é isso que nos permite viver." 

Menção honrosa - Robô. 



 Tendo sido um dos filmes que mais fez sucesso do ator, O Homem Bicentenário, de 1999 (dirigido por Chris Columbus, adaptado de um conto de Isaac Asimov). Neste filme, e somente neste filme, Williams interpreta Andrew, um robô doméstico que tem o sonho de um dia tornar-se humano.
 Por seu papel de robô ter sido tão bem feito e tão aclamado pela crítica, Williams acabou repetindo-o BEM sigilosamente outras duas vezes.
 A primeira foi em Inteligência Artificial, de 2001, onde apareceu (ou nem isso) por poucos minutos, apenas fazendo a voz de Dr. Know, sistema operacional de inteligência artificial feito para responder toda e qualquer pergunta.
 E a segunda foi no longa animado Robôs, de 2004, Robot Williams Robin Williams interpreta o coadjuvante Fender, robô vermelho melhor amigo do protagonista Rodney Lataria (dublado por Ewan McGregor).
 Foi interpretando três robôs que Robin Williams fez as três coisas que mais o tornavam humano - Emocionou, ensinou e divertiu.


 Talvez seja até um pouco cansativo falar tanto de algum ator apenas por causa de sua morte, mas em certos casos é necessário.
 Robin Williams foi o tipo de profissional que trabalhava tão bem a ponto de ter que repetir várias vezes o mesmo serviço sem perder a mão.
 E é por isso que o mundo todo deve fazer suas as doces palavras que Barack Obama e toda a sua família prestaram a Robin Williams, um homem que nos criou tão bem quanto uma babá quase perfeita.
 "Robin Williams era um radialista, um médico, um gênio, uma babá, um presidente, um professor, um Peter Pan e tudo entre isso. Mas ele era único. Ele veio para nossas vidas como um aliens, mas acabou tocando a todos com um espírito humano. Ele nos fez rir. Ele nos fez chorar. Ele deu seu talento de jeito imensurável e generosamente àqueles que precisam, aos que estavam nas nossas tropas lá fora aos marginalizados nas nossas próprias ruas."

Por trás da Letra de Natália (Legião Urbana).

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 O Literatura do Guimarães sempre se mostrou um blog "legionário". Legião Urbana já chegou a ser homenageada com dois textos em homenagem a Renato Russo, uma crítica de sua biografia e dois artigos sobre os filmes Faroeste Caboclo e Somos Tão Jovens, um deles inspirado em uma música e outra na vida do líder da banda.
 Ou seja, Legião Urbana não é novidade por aqui. Não demoraria muito para que logo a letra de alguma de suas canções (muito mais poéticas do que técnicas) fosse analisada e interpretada por aqui.
 Escolhida então foi Natália, primeira faixa do álbum Tempestade (lançado em 1996, mesmo ano do óbito de Renato Russo) que retrata bem a depressão que o trovador solitário sentia, sua ânsia por esperança e seu descontentamento com o pessimismo.



 Vamos falar de pesticidas
e de tragédias radioativas,
de doenças incuráveis,
vamos falar de sua vida.

 A canção é dirigida a alguém. Esse alguém, supostamente, seria Natália.
 Na conversa entre os dois (digamos que Renato Russo é o emissor e Natália o receptor), os assuntos são inúmeros. O mundo possui problemas graves, de alta importância. Situações que devastam povos, provocam desastres e até mesmo enfermidades intratáveis.
 Tantos assuntos a serem tratados, e mesmo assim Natália insiste em só falar de si mesma, de seus dramas. Como se suas aflições fossem tão graves quanto pesticidas, tragédias radioativas ou doenças incuráveis.

 Preste atenção ao que eles dizem.
 Ter esperança é hipocrisia.
 A felicidade é uma mentira.
 E a mentira é a salvação.

 Renato aponta um dos maiores motivos que faz Natália enxergar sua vida de modo tão negativo - As pessoas em volta. Enquanto enfrenta complicações naturais para qualquer pessoa, a garota as vê como problemas cada vez mais assustadores e monstruosos devido ao modo como o povo enobrece os males com pessimismo e pensamentos negativos.

 Beba desse sangue imundo.
 E você conseguirá dinheiro.
 E quando o circo pega fogo,
somos os animais na jaula.

 O único jeito de sobreviver a sociedade que a empurra contra o tormento e que esfrega as aflições em sua cara é se tornando um sócio dessa "equipe pessimista". Assim, obterá sucesso e paz de espírito justamente por ser igual a todos os outros.
 Mas há um problema. Ao desabar e criar um escândalo com qualquer problema básico e simples, se perde o controle para resolver qualquer tipo de problema. E quando surge algo realmente importante, "somos os animais na jaula".
 Animais por estarem sem controle e sem a capacidade de pensar no que fazer. E na jaula por estarem limitados por coisas que os prendem e imobilizam em um único lugar, como o medo e a falta de esperança.

 Mas você só quer algodão doce.
 Não confunda ética com éter.
 Quando pense em você eu tenho febre.

 Renato finalmente diz o que pensa e sente a respeito de pessoas como Natália. Ela só quer algodão doce, só quer do bom e do melhor, quer a comida mastigadas, não quer nem as complicações ínfimas. Apenas algodão doce, apenas o que for fácil e indolor.
 E como nada é algodão doce, ela busca conforto nas drogas. Mas Renato avisa: O que ela precisa é ética, e não éter ou qualquer outra droga.
 Natália chegou a um nível de mimimi e draminha que faz com que Renato se deprima apenas ao pensar nela.

 Mas quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.
 Quem sabe um dia escrevo uma canção pra você.

 Há sempre a possibilidade da mudança. Se Natália mudar, se ela lembrar e ver que o caminho é um só, se ela se recuperar e enxergar que a vida é um mar de rosas com alguns espinhos...talvez ela ganhe uma canção só dela. Talvez ela mereça.

  É complicado estar só.
 Quem está sozinho que o diga.
 Quando a tristeza é sempre o ponto de partida.
 Quando tudo é solidão.

 Problemas são reais. Eles existem, eles realmente assolam o coração das pessoas. Mas não o de Natália. Natália não tem problemas, apenas um. O problema da dramatização. Quando começa a pensar em algo ou a sentir algo, sempre foca no que pode dar errado. Sempre parte do princípio da tristeza ou de que tudo dará errado.
 E isso é realmente o que torna a vida de Natália um problema.

 É preciso acreditar num novo dia.
 Na nossa grande geração perdida.
 Nos meninos e meninas.
 Nos trevos de quatro folhas. 

 Renato, enfim, oferece uma solução. Haja fé. Haja esperança.
 É fato que estamos em maus lençóis, mas isso não deve nos desanimar. Natália precisa saber que mesmo com um presente terrível,o futuro ainda pode ser bom. Com o amanhã que está por vir, com a geração perdida que pode ser salva pela esperança, com as nossas crianças que crescerão e poderão melhorar o mundo.
 A sorte pode sorrir pra nós, é só termos na cabeça (e no coração) de que "o sol vai voltar amanhã".

 A escuridão ainda é pior do que a luz cinza.
 Mas estamos vivos ainda.

 A única coisa pior do que o "pouco", é o "nada". Mesmo que tudo pareça ruim, não está acabado. Ainda estamos vivos e podemos fazer com que tudo mude.
 Natália ainda tem algo pelo qual lutar. A vida e a qualidade da mesma.
 E isso está longe de ser perdido.

  E quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.
 Quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.
 Quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.
 Quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você. 
 Quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.
 Quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.
 Quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.

 Todo ser humano é especial, e todo ser humano será feliz se saber como viver.
 A filosofia "pregada" pela Legião Urbana sempre foi a de que, apesar dos pesares, a vida é bela e vale a pena.
 Todos são especiais. Tanto os pessimistas quanto os realistas.
 Natália sendo um tipo de pessoa ou outro, "eu acabei escrevendo uma canção pra você".
 Pois o sol nasce pra todos, e só não sabe quem não quer.

Top V - Atores que faltaram em Mercenários 3.

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  Mercenários 3 acabou de chegar aos cinemas. Ainda não viu? Não se preocupe, aqui você não vai encontrar nenhum spoiler, pois um filme de tamanha excelência deve ser vivenciado. SEM SPOILERS!
 A franquia de reunião dos velhos (ou clássicos, melhor dizer assim) atores de ação da Sessão da Tarde agora chega em seu terceiro e provavelmente último 'capítulo'.
 Mas mesmo com um elenco com 17 grandes nomes da ação ou da luta (no caso de alguns novos nomes que se juntaram á trupe de brucutus), muitos atores ficaram de fora e não é difícil citar apenas cinco que poderiam ter sido chamados e feito Mercenários 3 se tornar ainda mais másculo, poderoso e excelente.
 Lembrando que nessa lista você não vai encontrar nem Bruce Willis (pois esse não aceitou participar do filme porque receberia menos que quatro milhões de dólares) ou Jackie Chan (pois esse não aceitou o papel que teria, por achar que merecia um papel de maior destaque no longa).
 Abaixo, cinco BROS que sequer foram cogitados para o elenco mas que realmente fizeram falta em Mercenários 3!





V - Lou Ferrigno

  
 Há muito tempo atrás, na época em que Schwarzenegger ainda era fisiculturista e sonhava em ser Mr. Universo (até que finalmente se tornou Mr. Universo), ele tinha um rival. E este, senhoras e senhores, era Lou Ferrigno.
 Fissurado por vencer Schwarza nas competições, mitos dizem que Ferrigno até mesmo grunhia "Arnold" enquanto malhava (como vimos no filme sobre fisiculturismo de 1977, Pumping Iron). 
 E como na época o que fazia sucesso eram atores extremamente fortes, Ferrigno logo foi contratado para interpretar o incrível Hulk na série de TV que se tornou clássica, em mais três filmes clássicos onde era o Hulk. Isso sem mencionar que se tornou tão icônico como Hulk que voltou a dublar o Gigante Esmeralda em algumas séries animadas da Marvel e nos dois longas do personagem que tivemos antes de Vingadores (em 2012). 
 Enquanto Schwarzenegger continua na ativa gravando filmes, até que bate uma tristeza quando vemos Lou Ferrigno vivendo de vendas de fotos autografadas na Comic Con. E como ainda não está tão acabado fisicamente pois o cara já lutou contra URSOS, ocuparia facilmente um bom lugar na equipe de Mercenários da qual Schwarzenegger participa.
 E isso, com certeza, geraria boas risadas!


IV - The Rock

 Não importa o que ele diga, é impossível chamá-lo de Dwayne Johnson. Seu nome foi The Rock, é The Rock e será The Rock eternamente.
 Antes de virar ator, The Rock foi lutador profissional de wresting e jogador profissional de futebol americano. Isso se nota em sua aparência agressiva, seu corpo assustador e nas suas orelhas devastadas que todo lutador digno de WWE deve ter.
 Mesmo com potencial para se desenvolver em imensos papeis de ação, The Rock sempre se destacou em comédias familiares como Treinando o Papai e O Fada do Dente. 
 Além de ter um excelente carisma (coisa que Vin Diesel não tem e por isso não serve para um filme deste cacife), The Rock se encaixaria muito bem em Mercenários 3 por três razões específicas:
  • Se até Randy Couture,que só é famoso por WWE, está na franquia desde o primeiro filme, por que um lutador com grande nome no cinema não pode integrar o grupo? The Rock humilha Couture com um braço nas costas.
  • Com o corpo monstruoso de músculos, poderia muito bem ocupar o lugar de Hale Caesar (personagem de Terry Crews) quando o mesmo fica fora de combate durante determinado momento do filme.
  • Se o fato dele não ser tão velho for um impasse, lembre-se que Jason Statham também não é nenhum idoso e é um dos protagonistas da franquia, junto com Stallone. E The Rock até que é velhinho. Ele tem uma foto de pochete, só gente velha tem foto de pochete.

III - Samuel L. Jackson


 Nesse caso, não há muito o que falar.
 As pessoas não costumam recomendar que Samuel L. Jackson esteja em algum filme...porque ele sempre está! Em todos os filmes. É quase tão onipresente quanto Morgan Freeman (e olha que Morgan Freeman é Deus!).
 Jackson tem muito mais currículo que a grande maioria dos brucutus contratados por Stallone pra essa franquia. Além de ser até hoje um agente da SHIELD ele já foi super-herói, super-vilão em Corpo Fechado, guerreiro jedi em Star Wars, herói de animações, o cara, o afro samurai, um caçador de Jumpers, um escravo, traficante, mafioso e pianista de igreja.
 E se argumentarem que seu estado físico não está adequado para um filme de ação, esta cena de Serpentes A Bordo prova que pelo menos ele ainda tem estilo e marra o suficiente para botar medo em qualquer um.
 Antonio Banderas também está no filme, e sua aparência não é diferente da de Samuel L. Jackson. Os dois estão risíveis e beirando a aparência de Renato Aragão. A diferença é que Jackson é mil vezes superior...por já ter sido um jedi careca com o sabre de luz rosa.


II - Tom Cruise


 Convenhamos, Bruce Willis faz falta. Além de ser um ótimo ator, seu papel (Church) era importante nos filmes dos Mercenários. Sua importância é tão grande, que Harrison Ford (nome novo no elenco) mal dá conta de substituí-lo. O ideal seria que houvesse um assistente de peso para compensar a ausência de um clássico brucutu com um clássico não-tão-brucutu-assim.
 Tom Cruise entra como uma luva no papel de Church, no papel de Max Drummer ou em um papel apenas para si. Claro, esse tipo de personagem se encaixa bem em Cruise devido a sua vasta experiência e habilidade adquirida na saga Missão Impossível, onde investigar, espionar e lutar são suas atividades favoritas.
 Com cinquenta e dois anos de idade nas costas, Cruise ainda é o espião perfeito de Missão Impossível e o mocinho heroico de Top Gun, e faria dos Mercenários uma equipe mais...politicamente correta.
 O contraste seria imperdível!!


I - Clint Eastwood


 É preciso dizer mais alguma coisa?
 Clint Eastwood foi o primeiro de todos os brucutus, e até hoje está vivo...e ativo!
 Gran Torino (de 2008) é a prova de que seus oitenta e quatro anos de idade não significam problemas de saúde ou falta de talento.
 Tendo passado por filmes de caubói, filmes espaciais, filmes de romance e filmes criminais, Eastwood tem autoridade pra fazer com que Mercenários fique cada vez melhor.
 Com as marcas de um bom e másculo ator de ação em cada uma de suas rugas, Eastwood poderia ter ficado com papel de velho recrutador de mercenários no lugar de Kelsey Grammer (um jovenzinho de 59 anos com filme da Barbie no currículo).
 Porém, se ocorrer de Mercenários 3 se tornar uma franquia com mais de quatro filmes, é bom que Eastwood não apareça nem no próximo, para que finalmente surja no último filme como vilão.
 Assim, então, fazendo companhia aos maravilhosos bad guys que já enfrentaram os Mercenários, como Van Damme ou o atual vilão da vida real Mel Gibson.
 Porque com um time forte desse jeito, os melhores brucutus é que devem ser os vilões...Assim, a batalha fica justa.

Disney, Star Wars e Alienígenas.

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 A notícia é velha e todo mundo já sabe: A Disney comprou a LucasFilm, obtendo assim os direitos das franquias de Indiana Jones e Star Wars, amadas por nerds de todo o mundo.
 Certo, isso não é novidade pra ninguém. Muito menos o fato de que um novo episódio de Star Wars está sendo produzido pela Disney. Já está até sendo gravado, com o fabuloso J.J. Abrams na direção.
 Mas muitos se preocupam, pois não sabem se a Disney tem culhões o suficiente pra acertar em um filme de Star Wars. Gente palpitando na internet é o que não falta , inclusive, é isso que eu to fazendo agora.
 A Disney já se auto-parabeniza por estar com Star Wars só pra ela, tanto que até lançaram um episódio de Phineas e Ferb (a melhor série animada da Disney dos tempos de hoje) inspirado totalmente em Star Wars.
 Mas sabemos que a Disney manja mesmo é de magia. Bruxas, princesas, fadas...será que se dá bem com alienígenas?
 E é examinando cinco filmes da Disney (oito, se contarmos as continuações) sobre alienígenas que poderemos responder a pergunta: Quais elementos dos aliens da Disney podem ser aproveitados em Star Wars?




Em primeiro lugar, é preciso citar o filme mais antigo e ainda assim recente da Disney que inclua aliens (esqueça os filmes da  Witch Mountain, falaremos deles depois) : Lilo & Stitch, de 2002.

O filme tem tudo que uma boa animação da Disney precisa: Personagens fofos, boa música (som do Havaí com Elvis Presley), uma arte bonita e história cativante com lições de vida escondidas na trama.
 O filme fala sobre Lilo, uma garotinha havaiana órfã problemática que vive apenas com a irmã mais velha e decide adotar um cachorro. Mas sua vida se torna um pouco agitada demais quando adota  o Experimento 626, ser assassino criado em laboratório por um alienígena do mal que, ao fugir da prisão, caiu na Terra. Lilo o batiza de Stitch. Em uma jornada cujas missões são fazer Stitch se tornar bom e protegê-lo da polícia espacial, Lilo & Stitch se tornou um clássico assim que foi lançado.
 A questão é: Os alienígenas e o "universo espacial" deste filme podem ser aproveitados em Star Wars?
 Maior parte do filme se passa na Terra, exceto pela primeira cena que toma acontecimentos no espaço, no julgamento que condena o doutor Jumba Jookiba á cadeia por criar aliens do mal (como Stitch). Desse modo, o espaço inteiro (sem separação por planetas) é visto como uma única república, com representantes próprios e própria legislação.
 Já que apenas a Terra parece ser a única de fora dessa união legislativa, as coisas ficam um pouco sem sentido. Porém, o sistema de organização é inteligente em eleger um líder, o que nos lembra O Império de Star Wars. É estranho afirmar isso, mas a forma de governo de Lilo e Stitch pode ser aproveitada em Star Wars.
 Já a aparência dos alienígenas não. Todos tem características aleatórias, só se parecem com seus parentes e não possuem aparência padronizada. O pior de tudo é que nenhum deles é tem aparência humana. Todos são monstros e se parecem com animais. Isso não é aceitável em Star Wars, pois um filme todo em CG nunca é bom.
 As continuações de Lilo & Stitch (três filmes, uma série animada e um anime) apresentam outros experimentos de Jumba Jookiba e seus poderes. O que também não é bom em Star Wars, pois o único poder deve ser A Força. Superpoderes acabariam com a graça dos sabres de luz ou das pistolas.
 Assim, de Lilo & Stitch pra Star Wars só ficam o sistema de governo e estética de naves, que são funcionais, simples e carismáticas...como a trilogia clássica e boa de Star Wars.


 Mais tarde, em 2005 foi lançado O Galinho Chicken Little, dirigido por Mark Dindal (de Cats Don't Dance e A Nova Onda do Imperador).
 Na minha opinião um dos piores filmes que a Disney já ousou produzir. O Galinho Chicken Little fala sobre Chicken Little, um galinho atrapalhado que certo dia afirma para toda a cidade de Oakey Oaks que o céu caiu sobre sua cabeça e é chamado de louco por todos, inclusive por seu pai. Com o passar do tempo, se descobre que aquilo era um pedaço de nave espacial que se camuflava no céu e por isso parecia que o "céu estava caindo", e que a  Terra estava sendo invadida por um planeta que queria apenas recuperar algo deles que estava em nosso pequeno planeta azul. Sem spoilers.
 O filme é horrível. Personagens não são cativantes. Arte tosca. Roteiro bobíssimo e fraco. O que salva e se aproveita é a trilha sonora.
 Sinceramente, a única semelhança que Star Wars e Chicken Little devem ter é o fato de ambos possuírem aliens como personagens.
 ETs com aparência insignificante e naves de estética sem funcionalidade ou agradabilidade ao olhar.
 O único ponto bom do filme é a trilha sonora (que vai de Queen a Spice Girls), e nisso Star Wars não pode se espelhar devido ao fato de que trilhas originais DEFINEM Star Wars.
 Portanto, J.J. Abrams, esqueça a existência dessa animação.
 Nota: Citar esse filme aqui não é motivo pra você assistir. Se a curiosidade permanecer, assista a última cena do filme, que é a melhor e única digna de ser vista.
 Próximo filme!!

 Infelizmente, o histórico da Disney com alienígenas possuiu mais filmes ruins do que bons.
 A Montanha Enfeitiçada foi lançado em 2008 e não tinha muitas coisas que incentivassem alguém a gostar. Além de possuir The Rock como protagonista (não que ele seja mal ator, mas devia passar menos tempo dirigindo e mais tempo surrando bandidos), o filme também tem o mesmo diretor de Ela é o Cara, é um remake de um filme de 1975 e possui efeitos especiais dignos de Passageiro do Futuro.
 Mas possui alienígenas e, nesse momento, é isso que importa!


 O filme foca em Jack Bruno, um taxista e ex-cobrador de dívidas da máfia que acaba atendendo dois passageiros um tanto quanto curiosos - Adolescente com superpoderes que se dizem alienígenas e que precisam chegar a uma certa Montanha Enfeitiçada para que salvem o planeta Terra.
 Outro filme que precisa ser citado devido ao conteúdo extraterrestre que possui em sua trama. Mesmo se passando inteiramente em nosso planeta, todo o enredo é relacionado com aliens e os motivos deles estarem na Terra.
 Mas para comparar com Star Wars, estes ETs ao menos tem aparência humana. E não seria espantoso se os personagens principais de Episódio VII fossem assim, já que boa parte do elenco anunciado é jovem (como Mark Hammil era na época em que interpretou Luke Skywalker).
 Além disso, os aliens do filme também se assemelham aos Jedis, já que seus poderes (força, telecinese e persuasão) são semelhantes aos que a Força proporciona aos cavaleiros das galáxias.
 No caso, dá pra imaginar que quando o roteiro foi escrito, o roteirista estava pensando "Bem, o que de Star Wars eu posso aproveitar nesse filme?"


 Depois disso, vem ainda outro filme péssimo que a Disney Animation Studios lançou.
 Em 2011, tivemos Marte Precisa de Mães, de Simon Wells (diretor do conceituado Balto).
 O filme fala sobre Milo, jovem terráqueo que tem a mãe abduzida pelos ETs de Marte, planeta onde os bebês são criados por máquinas que só saberão tratá-los se forem programadas por mães reais. No caso, as mães da Terra. Então Milo, o terráqueo Gribble e a marciana Ki vão em busca da mãe raptada.
 Se até a premissa é ruim, imagina o filme inteiro. Com motivação fraca e arte tediosa (por que ainda insistem em usar captura de movimento em filmes infantis? Expresso Polar prova que isso só torna a experiência menos divertida.), o filme não agrada a crianças e muito menos a adultos.


Mas tem algo bom nisso tudo. As naves.


 A estética de branco com preto sempre funciona bem em temas espaciais ou robóticos. Isso explica porque carros brancos são bonitos, porque a EVA de Wall-E é tão charmosa e porque os Stormtroopers (do próprio Star Wars) são reproduzidos em larga escala (bonecos, roupas, posteres, camisas) até hoje.
 Se J.J. Abrams quiser optar por um visual mais moderno com tecnologia bem mais avançada presente em Star Wars (já que vai se passar um tempo depois do Episódio VI e a tecnologia sempre tende a estar em desenvolvimento), deveria ficar de olho na nave presente em Marte Precisa de Mães.
 Principalmente no interior dela que é ainda mais bonito.
 Com um visual um pouco sujo e com a luz alaranjada iluminando, a cabine de controle da nave lembra bastante o interior e o painel da Millenium Falcon.
 Com a evolução da tecnologia, aqueles painéis a mais seriam requintes necessários e assim se encaixaria muito bem no contexto da época em que o Episódio VII se passará.
 Pelo menos pra isso, Marte Precisa de Mães tem utilidade.


 No entanto, no intervalo entre Lilo & Stitch e O Galinho Chicken Little, a Disney lançou um filme com temática espacial que ficou guardado para que o mencionássemos somente agora.
 Em 2002, estreou Planeta do Tesouro, dirigido por John Musker e Ron Clements (famosos por Pequena Sereia, Hércules e Aladdin). O MELHOR filme com temática espacial já produzido pela Disney.


 Esse filme foi claramente influenciado por Star Wars, pois tudo que ele tem de melhor Star Wars já teve em sua época. E agora que Disney e LucasFilm são uma coisa só, é hora de Star Wars ser influenciado por Planeta do Tesouro.
 O filme fala sobre Jim Hawkins, garoto aventureiro que ao ganhar um mapa de um alien moribundo sai em uma jornada com uma tripulação de piratas espaciais (em uma nave em formato de caravela).
 É literalmente uma adaptação do livro Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson (mesmo autor de O Médico e o Monstro), mas com características fortes de ficção científica e espacial.
 O céu alaranjado e com cor de poeira/areia que é mostrado em todo o filme é lindo e pode ser recriado facilmente em Star Wars. Primeiro, porque faria muitas alusões ao deserto de Tatooine. Segundo, porque não seria tão difícil conseguir cenários assim em Abu Dhabi, onde algumas cenas do Episódio VII estão sendo gravadas, como vemos nesse vídeo com J.J. Abrams até mostrando um novo alien-boneco.


 E nesse caso, é bom mencionar os aliens.
 Como Star Wars costuma usar bonecos para representar seus aliens randômicos, seria ótimo usar os aliens de Planeta do Tesouro como personagens.
 Além de alguns aliens terem aparência humana (como Jim Hawkins), outros parecem monstros e outros já lembram animais humanoides (como cabras e gatos).
 Todos os conceitos espaciais e extraterrestres apresentados em Planeta do Tesouro são perfeitos e cabem adequadamente no universo de uma galáxia muito distante.


  Hologramas ilógicos.
  Manobras radicais em naves/jatos.
 A estética das naves em formato de navio é ótima. É só tampá-las e pronto, temos naves rebeldes lindas e prontas para o uso.
 Aliens carismáticos que só se definem como assustadores ou amigáveis quando chega a hora da ação.
 Robôs amigáveis como Ben da Disney ou os clássicos C-3PO e R2-D2.
 Enfim, Planeta do Tesouro é a resposta para duas perguntas que perturbam o povo nerd.
 Primeira  - A Disney sabe fazer filmes espaciais? A resposta é sim! A resposta é com certeza. Só quem já assistiu Planeta do Tesouro pode afirmar isso sem medo de se decepcionar com o próximo Star Wars.
 Segunda - Qual filme da Disney que J.J. Abrams deveria estar assistindo repetidamente pra incrementar no roteiro e detalhes de Episódio VII?
 Quem sabe dessa vez, a Disney finalmente consegue um Oscar de melhor filme? E Star Wars finalmente sai do ramo dos prêmios técnicos e finalmente vence um Oscar de melhor filme?
 Basta que Luke, Han Solo, Princesa Leia e toda a velha trupe da galáxia se reúna e encontre o planeta certo....o Planeta do Tesouro.


 E você? Lembra de algum outro filme da Disney com ETs que ficou faltando? Acha que poderia acrescentar algo no novo Star Wars? Comente!

O Nome de Peter Quill.

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 Sim, Guardiões da Galáxia fez sucesso e agora você sabe quem é Peter Quill.
 Peter Quill é o alter ego de Star-Lord, o personagem líder dos Guardiões da Galáxia, protagonista do filme de mesmo nome, baseado nas histórias em quadrinhos da Marvel. Isso é, baseado nos quadrinhos quase desconhecidos da Marvel.
 Tão desconhecido que o assunto deste texto foi ignorado por anos. O personagem existe nas HQs desde 1976 e só agora, depois da estreia do filme, que este pequeno detalhe veio incomodar a mim as pessoas.
 O nome do personagem. Não exatamente seu nome, pois "Peter Jason Quill" até que é algo aceitável.
 O problema é o nome que utiliza como super-herói...ou pelo menos como seu nome foi traduzido para o Brasil.
 Do original "Star-Lord", recebemos a tradução de "Senhor das Estrelas". Entenda o porquê disso ser, em termos de tradução, inadequado e como poderia ser melhorado e/ou adaptado para a língua portuguesa de uma maneira melhor.



 Em primeiro lugar...quando pensamos em "Senhor das Estrelas", nos lembramos facilmente de uma outra franquia famosa que que tem um título parecido com esse: Senhor dos Anéis.
 No original, Senhor dos Anéis tem o título de "Lord of The Rings", e não "Ring-Lord". Ou seja, isso acaba criando um padrão de tradução.
 Para que Senhor das Estrelas fosse adequado, o original deveria ser "Lord of the Stars".
 Assim, Senhor das Estrelas é uma opção de nome que (mesmo que tenha sido adotada) deveria ter sido descartada.
 Porém, se essa é uma opção ruim....quais as outras opções, e qual seria a adequada?


Observação: Claro, há sempre a possibilidade de manter o nome original. Mas se formos lutar para que se mantenha o nome Star-Lord, então não tem graça nenhuma pensar em uma boa tradução.

 Como primeira tentativa, é válido ainda manter a palavra Senhor, e trocar seu final "Das Estrelas" por "Estelar", que seria o adjetivo para "aquele que é das estrelas.
 Assim sendo, nosso personagem de vinte e poucos anos de idade se chamaria Senhor Estelar.
 Se aplicaria corretamente? Óbvio que não.
O termo "Senhor" realmente indica poder, autoridade e excelência. Porém, no Brasil, ele indica algo além disso: Idade avançada.
 Senhor Estelar nos faria pensar em algum alienígena decrépito ou, mais facilmente, em algum dos Jedis idosos de Star Wars como Mestre Yoda ou o próprio Ben Kenobi.
 Então esqueçamos essa história de Senhor. Iremos manter a palavra Lord.
 "Ah, mas não era pra traduzir?"
 Sim, mas Lord é uma palavra sonora, bonita e que (SIM) já integra os dicionários da língua portuguesa, e já dá nome a algumas personalidades relevantes como o músico Lord Tagman e o famoso vilão da saga Harry Potter, Lord Voldemort (também chamado como Lorde das Trevas, de vez em vez).
 Então que se faça a união da tradução original com o termo "lorde" e o que temos é....
 Lord das Estrelas.



 O que isso deveria significar: Um homem poderoso e imbatível que combate quem cruzar seu caminho enquanto Guardião da Galáxia.
 O que isso, infelizmente, significa: Um mordo ou empregado doméstico que é famoso por trabalhar com várias celebridades. Ou seja, ele é um lorde...das estrelas.
 Sim, eu sei que "lorde" neste caso é o patrão, e não o mordomo. Mas é muito mais fácil imaginar um mordomo do que um patrão, ainda mais depois de ter ouvido Sebastian dizer "My lord" tantas vezes, no anime Kuroshitsuji.
 E mesmo assim, vocês precisam admitir que Lord das Estrelas é um nome muito afeminado, e "afeminado"é um dos poucos insultos que não podem ser direcionados á Peter Quill (se reparar bem, um crime sexual consta em sua ficha criminal exposta no filme).
 Então, de qualquer maneira Lord das Estrelas é um bom nome, mas não para Peter Quill, e sim para o homem da imagem abaixo.


Observação: Se você considerar "lorde" como patrão, finja que estou falando do Sílvio Santos. Agora, se considera "lorde" como empregado, finja que estou falando do outro cara, o Jassa, cabeleireiro do Sílvio Santos.

 Até então, as opções de tradução mais adequadas foram: Lord das Estrelas, e Senhor Estelar.
 Sendo assim, não se vê opção mais inteligente do que combinar as duas traduções e...voilá:
 Lord Estelar!!


 Como antes mencionado, Lorde dá a menção de poder,domínio. Lorde é alguem que percorre algum caminho, combatendo seus inimigos, conquistando servos e donzelas.
 Já Estelar é a característica daquele que é "das estrelas".
 Um Lord Estelar então seria alguém que percorre as estrelas, combatendo seus inimigos, conquistando aliados como Rocket Racoon, Groot, Drax e Gamora (que, volta e meia, chamaremos de donzela).
 Lord Estelar é o melhor nome para Peter Quill...bom, pelo menos o melhor que consegui pensar. 
 Só existem duas certezas:
  É melhor do que Senhor das Estrelas.

 Se o nome fosse Lord Estelar, nerds brasileiros não iam cansar de fazer piadas com uma heroína da DC Comics até que bem conhecida...
 A Estelar.


Top V - Filmes sobre escritores reais.

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 Recentemente, o cinema brasileiro foi presenteado com Não Pare na Pista - A Melhor História de Paulo Coelho, filme biográfico do grande escritor nacional Paulo Coelho, conhecido como Mago dos Nerds e, é claro, por todos os livros que publicou tendo o misticismo e a alquimia como tema principal (incluindo O Alquimista e O Demônio e a Srta Prym).
 De certo modo, este filme serve para que os escritores brasileiros finalmente ganhem reconhecimento pelo trabalho maravilhoso que vem fazendo há tantos anos...assim como muitos outros escritores já foram homenageados com filmes biográficos ou apenas com filmes em que se fazem presentes.
 Segue abaixo uma lista dos cinco melhores filmes com histórias reais de escritores (ou os cinco que eu mais gosto).





                            V - Marley e Eu (2008)

  Sim, é conhecido por todos que Marley e Eu é um filme sobre a relação de um cachorro de péssimo comportamento com uma família em formação e não exatamente um filme sobre escritores.
 Porém, o filme trata bastante também sobre John Grogan, o protagonista do filme (interpretado por Owen Wilson) tentando crescer dentro do mercado jornalístico. De modo que Marley & Eu possa ser considerado também um filme biográfico de John  Grogan, o jornalista. Mas jornalistas (Ou apenas jornalistas) não ganham espaço nessa lista, e sim escritores...o que Grogan também era, já que este próprio filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por ele mesmo...que é um colunista americano famoso e escritor.
 Por não ser inteiramente focado na vida do escritor mas por ser um filme cativante, emocionante e realista...Marley & Eu ocupa a quinta posição desta lista.


                                      IV - Prezado Sr. Watterson (2013)

 Já é o segundo da lista que não se trata especificamente de um escritor.
 Nos Estados Unidos, e na grande maioria dos países onde a língua inglesa predomina, as tirinhas de jornais Calvin & Haroldo são tão famosas e influentes quanto a Turma da Mônica é por aqui.
 Diferenças básicas são: Turma da Mônica mantém-se firme até hoje e todos conhecem a cara de Maurício de Sousa, enquanto Calvin e Haroldo teve seu fim em 1995 e nunca ninguém viu ou soube nada sobre Bill Waterson, desenhista e escritor de todas as tirinhas já feitas.
 Em formato de documentário, o diretor Joel Allen Schroeder resolveu prestar pelo filme "Prezado Sr. Watterson" várias homenagens ao misterioso artista que emocionou e inspirou tantas pessoas através de seu trabalho que sempre se manteve nas tiras de jornal.


                        III - Magia Além das Palavras - A História de J.K. Rowling (2011)

  J.K. Rowling hoje em dia é considerada uma das melhores escritoras inglesas e é reconhecida universalmente como uma das mulheres mais ricas do mundo, e tudo isso se deve ao fato de que Rowling foi a escritora da saga de sete livros mais famosa do mundo adolescente - A saga Harry Potter.
 Magia Além das Palavras foi então o grande exemplo do que é feito quando alguém faz sucesso - Biografias não autorizadas.
 O filme é assistível, já que faz uso de bons atores (inclusive, a atriz que interpreta Rowling é bem convincente) e tem o belo recurso narrativo de contar a história de vida de uma personalidade através de suas memórias.
 Além de toda a má produção e do roteiro um pouco fraco (afinal, é um filme feito pra TV, esse é o padrão de qualidade deles), mas vale a pena devido a grande história que esses detalhes técnicos chatos insistem em esconder.


                        II - Walt nos Bastidores de Mary Poppins (2013) 

 Emma Thompson é uma atriz impecável quando se trata de personagens metódicos e/ou excêntricos. Isso é fato.
 Tom Hanks interpreta bem como ninguém pessoas tristes e/ou alegres em demasiado. Isso é fato.
 Assim, elogiar as atuações de Emma como P. L. Travers e Tom Hanks como Walt Disney é quase que desnecessário, tendo em mente que são dois atores grandiosos interpretando personagens que foram basicamente feitos para eles (mesmo que tenham realmente existido).
 O filme fala sobre a batalha que o grande empresário Walt Disney enfrentou para que P.L. Travers permitisse que seu livro Mary Poppins fosse adaptado para o cinema. Claro, todos sabem o que acontece (pois o filme foi lançado e acabou se tornando um dos maiores clássicos dos filmes Disney), mas o modo como acontece e como é mostrado no filme é o que realmente traz essa obra ao segundo lugar dessa lista.
 Penetrando no íntimo da alma de Travers, é possível entender todas as "frescuras" que ela solicita na produção do filme (como o pedido da autora para que o estúdio não utilizasse a cor vermelha no desenvolvimento do longa).
 O aprofundamento nas histórias de vida da autora são tão envolventes que fazem com que histórias simples envolvendo comícios políticos sejam significativas, e é o único filme onde a atuação de Colin Farrell (que interpreta o jovem pai de Travers) convence.


                           I - Em Busca da Terra do Nunca (2004)

 Esse filme talvez não seja sobre o escritor mais famoso desta lista, mas é sobre o escritor que é famoso há mais tempo - J.M. Barrie.
 J.M. Barrie, para início de conversa, não sonhava em ser um dramaturgo ou em publicar muitos livros, mas sua ambição real era a de escrever peças de teatro. E foi nessas tentativas que surgiu o personagem a obra que lhe deixou famoso - Peter Pan.
 Em "Em Busca da Terra do Nunca", J.M. Barrie é interpretado por Johnny Depp (que desempenha muito bem o papel, se contendo enquanto personalidade normal e não exagerando nos gritos ou movimentos animados).
 A história de vida de Barrie é a seguinte:
 Cansado de levar a vida de escritor de peças fracassado cuja imaginação jamais era levada a sério por ninguém, o inglês resolve passar uma tarde no parque com seu cachorro quando conhece uma jovem mãe solteira de quatro meninos, com quem desenvolve grande amizade (especialmente com o pequenino Peter) e encontra inspiração para escrever Peter Pan.
 A direção de Marc Foster e as atuações das crianças combinadas com a de Depp são a fórmula perfeita para que a vida de J.M. Barrie se justifique em sua pureza e grandiosidade, para que os boatos envolvendo pedofilia sumam frente a tal inocência exposta entre os personagens....e para que mais pessoas sintam vontade de ler Peter Pan, sabendo todo o drama por qual o escritor passou para que a magia pudesse acontecer.
 É o envolvimento entre personagem, ator e história de vida que coloca Em Busca da Terra do Nunca como primeiro colocado desta lista.

 E você? Concorda com essa lista? Quais outros filmes biográficos de escritores você conhece e acha que ficou faltando nesta lista?
 Comentem ^^

Top V - Melhores Sequências Disney.

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Já é Outubro,e o dia das crianças se aproxima!!
 Então, o Literatura do Guimarães (blog que só não é mais infantil do que o site PapaJogos) preparou uma programação totalmente temática para ser publicada durante todo o mês de outubro.
 Mês das Crianças com temas dedicados ás pequenas crianças!!
 E pra começar, uma lista de melhores filmes Disney seria muito polêmica, então algo mais leve seria...uma lista de melhores sequências de filmes da Disney.
 Lá vai!!


 V - O Cão e a Raposa 2


 Tempo de diferença entre o primeiro: 25 anos.
 Antecessor: O Cão e a Raposa (1981)
  Não é tão bom quanto o original (que choca a criança com fofura e tristeza) mas é uma ótima opção pra assistir buscando diversão.
 O primeiro filme termina com a raposa Dodó e o cão Toby (Tod e Copper no original) adultos e separados por suas diferenças, um na fazenda e o outro na floresta com a fêmea Miriam (Vixey, no original). Como dar continuidade a isso? Fácil, volte alguns anos e aproveite as histórias não contadas sobre os personagens.
 Neste filme, Dodó e Toby ainda são filhotes (e amigos, que é o mais importante) quando uma feira chega á cidade.  descobre que tem talento e MUITA vontade de se tornar um cantor (ao invés de um cão de caça) ao conhecer e integrar um grupo de cães cantores e, sem querer, acaba deixando Dodó de lado.
 O filme faz uso de uma arte muito bonita e consegue manter a atmosfera e as personalidades dos personagens bem fieis (também fazendo uso dos pássaros que caçavam a lagarta do primeiro filme) ao longa anterior. Além disso, ainda conta com a voz de Patrick Swayze como dublador de um dos cães cantores, então é válida a opção de ver o filme no idioma original.
  Mas o mais interessante da sequência, ou prequela nesse caso, é que passa mensagens sobre lutar por amizades e conciliar sua vida social com a profissional. Mensagem que as crianças vão ter que se lembrar quando crescerem.
 É melhor que o original? : Não. Mas é divertido e alegre. Também torna o filme original muito mais legal pois acrescenta momentos alegres na "história não contada" dos personagens, explicando que a vida de Dodó e Toby não foi apenas tristeza. É uma sequência que enobrece o primeiro filme.


 IV - Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus


 Tempo de diferença entre o primeiro: 13 anos.
 Antecessor: Bernardo e Bianca (1977).
 Esse sim indica um grande avanço de um filme para o outro.
 No original, Bernardo e Bianca (dois ratos membros da Sociedade de Proteção e Ajuda) partem viajando nas costas de um albatroz para salvar Penny, uma menina órfã mantida em cativeiro por uma mulher ambiciosa. Clássico da Disney que se eternizou no Brasil devido á dublagem amigável e ás canções que a clássica cantora Evinha gravou para o longa, Bernardo e Bianca foi um grande sucesso no mundo todo devido a sua arte simples e história ética sobre "ajudar o próximo, independente se formos fracos ou pequenos". Quase a premissa de Super Fofos.
 E em 1990, a aventura continua. Mostrando que não se aposentaram, os ratinhos mostram que além de continuarem trabalhando como "heróis", evoluíram enquanto casal. Bernardo pensa em pedir Bianca em casamento quando são chamados para resgatar um menino sequestrado por um traficante de animais silvestres na Austrália.
 Primeiro filme da Disney a ser animado inteiramente por computador (incluindo os cenários), e primeira sequência de um clássico dos estúdios de Walt Disney. Com certeza marcou época.
 É quase que um remake do primeiro filme, apenas trocando a história principal e proporcionando uma evolução na trama (como em Duro de Matar 2). O roteiro é melhor trabalhado e, ao contrário do primeiro filme, Bernardo e Bianca não são os únicos personagem carismático. Há Wilbur, o albatroz descolado, Jake, o camundongo aventureiro e até mesmo Joanna, a iguana (ou salamandra?) maldosa e atrapalhada. 
 E, o mais importante, a mensagem sobre ajudar o próximo e vencer as dificuldades se mantém ainda mais forte, pois todos sabem como que o perigo se esconde na Austrália. Toda essa mensagem com uma arte melhor definida e mais admirável.
 É melhor que o original? : Bastante. Recicla o tema do primeiro filme, mantendo a mensagem e evoluindo os personagens. Tudo isso com uma arte mais agradável de se ver, com traços mais definidos e um cenário mais criativo e diversificado, com paisagens australianas e animais da fauna australiana como figuração.

 III - A Dama e o Vagabundo II -  As Aventuras de Banzé


 Tempo de diferença entre o primeiro: 46 anos.
 Antecessor: A Dama e o Vagabundo. (1955)
  Uma das únicas sequências diretas dessa lista. 
 Todo mundo se lembra do final de Dama e Vagabundo. Os cães se casam, passam a viver juntos e tem quatro filhos. Três fêmeas iguais á mãe e....um pequeno vira-lata idêntico ao pai: Banzé.
 Então, A Dama e o Vagabundo II toma um rumo bem diferente do primeiro filme. Enquanto o original de 1955 era um Romeu e Julieta com cães, a sequência de 2001 trata sobre a busca de liberdade por parte do cãozinho Banzé. Cansado de sua vida como cão doméstico, foge da mansão em que vive para ser um cão da rua, com a cachorrada que vive na Sociedade do Lixão.
 É um show de emoções e nos ajuda a lembrar com detalhes do filme anterior. Nos faz lembrar do romance, quando Banzé conhece a cadelinha Angel que sonha em ter um lar (e os dois até reproduzem a cena da macarronada). Nos faz lembrar da vida de Vagabundo como...bem...vagabundo, quando Banzé ganha admiração por Buster, antigo parceiro de aventuras de seu velho pai. Nos faz lembrar até mesmo da carrocinha, eterna inimiga de qualquer cachorro que ouse surgir na rua. 
 As diferenças básicas entre os filmes são realmente a evolução da arte, as músicas (que neste filme são bem mais divertidas, interativas e fáceis de decorar. Eu mesmo sei cantar todas) e os personagens. Ah, os personagens. Enquanto em "A Dama e o Vagabundo" só podíamos nos lembrar do casal protagonista e de outros dois cachorros que insistiam em farejar tudo, neste filme todos os cães são mais característicos e apaixonantes. Principalmente os do lixão. Um cão francês, um velho, uma fêmea soberba, um gordo maluco....como se esquecer deles?
 E mesmo gritando que quer um mundo sem cercas, Banzé (o primeiro cachorro punk poser) percebe que nada é melhor e mais seguro que o amor de sua família.
 É melhor que o original? São iguais em qualidade. Enquanto um possui sua qualidade baseada na importância que representa para os Estúdios Disney, o outro prova o quanto é bom com seus personagens, arte, roteiro e trilha sonora. Impossível comparar, mas fácil de amar os dois com a mesma intensidade.

II - O Rei Leão 2 : O Reino de Simba


 Tempo de diferença entre o primeiro: 4 anos.
 Antecessor: O Rei Leão (1994).
 Sucessor: O Rei Leão 3 - Hakuna Matata (2004).
 Temos que concordar. A única coisa ruim nessa sequência é esse sub-título. O Reino de Simba? Como assim? O filme nem é dele, é da Kiara!
 Com um roteiro tão interessante (e o fato de ser a sequência do filme qualificado como a melhor coisa já feita pela Disney), é até estranho que tenha sido lançado diretamente em VHS e não tenha sido exibido nos cinemas.
 A trama é linda. Após Simba tomar de volta o reinado em uma grande jornada Shakesperiana, casa-se com Nala e estabelece uma família ao ter sua filha Kiara. Criada no reino de seu pai como princesa e obrigada a viver separada das leoas exiladas (descendentes e antigas aliadas de seu falecido tio-avô Scar) e também de Kovu, leão que tempo depois entraria infiltrado em sua alcateia a mando dos exilados. Assim, nasce um romance entre a princesa Kiara e o exilado Kovu, no maior estilo Romeu e Julieta. Curiosidade válida: Enquanto o primeiro filme é uma releitura magnífica de Hamlet, esta sequência faz lembrar bastante de Romeu e Julieta. Acho que a Disney lê muito Shakespeare.
 Mesmo que a história seja um pouco mais clichê e menos elaborada do que o original, este se salva por suas qualidades que não são nem um pouco clichês.
 Suas músicas são lindas e mais características que as do primeiro pois utilizam detalhes africanos e que fazem alusão maior á cultura africana. Tentando resgatar o sucesso de Hakuna Matata e Ciclo Sem Fim, as duas melhores músicas do primeiro filme e as únicas que utilizam palavras ou trechos remetentes a cultura africana.
 E repetindo o sucesso do original, Rei Leão 2 também utiliza dos recursos: Macaco conselheiro maluco, Mufasa ajudando do além, Timão e Pumba e....lição de moral sobre defender seu reino, ser o que realmente é e honrar sua família.
 É melhor que o original? Não. Nem chega perto, pra falar a verdade. As músicas são melhores e o aprofundamento na reprodução de cenário africano é melhor aproveitado...Mas Rei Leão é Rei Leão, e só a cena clássica da morte de Mufasa consegue ser mais emocionante que todo o romance de Kiara e Kovu, mesmo que a cena final de Rei Leão 2 (com todos rugindo juntos) tenha me arrancado umas boas lágrimas felizes.

I - Pateta 2 - Radicalmente Pateta



 Tempo de diferença entre o primeiro: 5 anos.
 Antecessor: Pateta: O Filme.
 O choro é livre. O mimimi tá liberado.
 A trana é simples. Depois de ter finalizado o colégio, Max parte para a faculdade para finalmente se aprofundar na arte dos esportes radicais com  seus amigos. E seu pai Pateta vai junto, tomar conta de seu filho único (cuja mãe ninguém sabe quem é ou que rumo tomou).
 Há motivos para que Pateta 2 esteja em primeiro lugar nesta lista...e são os seguintes:
  • A base de toda obra que inclua Pateta e Max (como o seriado Pateta e Max) sempre se mantém com o objetivo claro de passar a premissa de aproximação entre pai e filho. Se Max tivesse continuado com sua namorada Roxanne (que ele tanto sofreu para conseguir no primeiro filme), o foco desta premissa seria perdida e sua relação com seu pai seria deixada de lado. Já que Roxanne é esquecida e nem é mencionada na sequência, a premissa se mantém.
  • Pateta é um pai solteiro cujo único amigo é um arrogante João Bafo de Onça e ainda por cima é rejeitado por seu único filho que morre de vergonha dele. Ás vezes a solidão deste maluco é perturbadora....e é realmente confortante que Pateta ganhe um par romântico neste filme.
  • A trilha sonora não é tão envolvente quanto a do primeiro filme, mas os cenários novos criam uma atmosfera tão confortável para o espectador de modo que nenhuma música nos deixaria mais em casa do que apenas o som dos personagens Disney.
  • Há a evolução apropriada dos personagens, principalmente de Max e seus colegas. Afinal, eles são jovens adultos agora. Max mantém seu jeito de moleque mas entendendo suas responsabilidades. P.J. ainda é atrapalhado mas demonstra interesse em garotas. E Bob ainda é o descolado tranquilo...só que de cabelos curtos! É o tipo de sequência que seria perfeito para se assistir logo após assistir o primeiro filme, pois a evolução e envelhecimento de personagens criaria maior identificação e coerência nos dois filmes.
  • A maioria dos filmes americanos sobre universidades focam em festas, bebidas e sexo desenfreado. Isso motiva as pessoas a irem á faculdade, mas pelo motivo errado. Pateta 2 motivaria as crianças a irem a faculdade, mantendo o "politicamente correto" sem tirar o clima estiloso e maneiro do ambiente, acrescentando esportes radicais, paquera inocente, comilança de guloseimas e clubes de poesia.
 Resumindo, Pateta 2 - Radicalmente Pateta é um filme incrivelmente bom, que motiva as crianças a irem para a faculdade, cultiva o relacionamento saudável entre pai e filho, nos proporciona cenas incríveis de esportes radicais (muito bem desenhadas e animadas para o conceito de tecnologia de animação do início dos anos 2000), faz com que nos reapaixonemos por Max (que era um pivete irritante no primeiro filme) e ainda nos dá momentos de diversão com um dos personagens Disney mais cativantes, divertidos, fofos e legais: O próprio Pateta.
 É melhor que o original? Muito!! O Pateta dança em uma discoteca! Claro que é melhor!!

Tim Burton Só Para Baixinhos.

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 Continuando o especial de textos para o mês das crianças (mês inteiro de outubro, já que dia 12 é o dia oficial dos pequenos), que tal falar sobre um tipo de filme infantil bem diferente dos outros?
 Os filmes dirigidos por Tim Burton!
 Todo mundo sabe que Tim Burton é um sujeito um tanto quanto estranho (e que, muitas vezes, é bem chato e irritante de ser acompanhado) e conhecido pela bizarrice e caracterização sombria presente em suas produções.
 Deixando de lado filmes "normais" dele como Batman, Sombras da Noite, Planeta dos Macacos, Peixe Grande e Edward Mãos de Tesoura, foquemos nas obras que Burton preparou especialmente para o público composto por crianças
 Mas não pense que é infantil só por ser pra criança. Muito disso é bizarro e, dependendo, até traumatizante.
 Senhoras e senhores, deixem seus filhos com filmes do Tim Burton, nossa babá nada perfeita.




 Para que ninguém pense que Burton ingressou no ramo de animações depois de já ter estabelecido sua carreira, uma surpresa: A primeira produção artística de Timothy William Burton (seu nome de batismo) da qual temos conhecimento é The Island of Doctor Agor (1971), um curta metragem de animação em preto e branco e com pouca perfeição nos traços devido a falta de orçamento. Ou seja, ele já começou pensando no mercado infantil.
 A história era uma adaptação do livro "A Ilha do Dr. Moreau", escrito pelo mestre da ficção científica H.G. Wells, onde há uma ilha onde um vive um cientista fissurado em transformar animais em humanos através de dolorosas cirurgias. E tendo ciência dessa sinopse, também podemos concluir que Tim Burton também já começou apelando para o HORROR em desenhos animados.
 Infelizmente, não há registros do filme na internet.
 Entretanto, a terceira obra que Burton pôs a mão já está mais fácil para que assistamos e também se trata de um desenho animado de proporções assustadoras.


 Em 1979, o creepy diretor ainda se mantinha nas animações com traços de rascunho quando resolveu lançar "Stalk of the Celery Monster", curta de dois minutos onde o consultório de um dentista é macabramente retratado com a imagem do laboratório de um cientista sádico e maluco.
 Eu diria que isso não é pra criança...mas os traços simples e semelhantes aos primeiros curtas da Disney não deixam.
  Todo esse preparo para que em 1982 Burton resolvesse lançar o que seria um de seus melhores curta metragens, perdendo apenas para alguns que serão citados mais pra frente: Vincent!


 Além de ser o filme mais antigo do diretor que podemos considerar "ótimo", Vincent também se destaca por lançar para o mundo duas coisas das quais o nosso querido e maluco diretor jamais largaria:

  • O traço dos personagens de cabelos desgrenhados, olhos grandes e membros finos.
  • O uso constante de stop-motion (Ou animação de brinquedos, marionetes, miniaturas e BONECOS DE MASSINHA DE MODELAR!!, se preferir chamar assim).
 A história é consideravelmente original e curiosa. Vincent Malloy é um rapaz de sete anos fã de Edgar Allan Poe, mestre do terror, e que ás vezes confunde sua realidade com a fantasia assombrosa das coisas que lê. Com sete minutos de duração, o filminho é todo narrado por Vincent Price, ator famoso com voz icônica da época.
 Além disso, é válido lembrar que toda a narração é rimada, levada num ritmo rápido e aterrorizantemente envolvente. Todo o roteiro de Vincent é a adaptação de um poema escrito por Burton. Criando histórias e artes perfeitas para crianças que gostam de levar susto (também não custa nada avisar que logo no começo do curta há um gato que "grita" e assusta qualquer corajoso).


 E depois de fechar parceria com seu traço e o stop-motion em Vincent, Burton iniciou uma nova sociedade com alguém que estaria com ele durante muito tempo: A Disney, com o especial pra tv Hansel and Gretel, adaptação do conto de João e Maria.
 Mas como Burton sempre esteve, de certo modo, á frente de seu tempo, algumas pessoas não conseguiam compreender que toda essa bizarrice fizesse bem pra todos e deixasse as crianças se sentindo confortáveis.
 Ou seja, a Disney DETESTOU o filme, só o exibiu uma vez e o engavetou. Até que a obra foi liberada para exposição em 2009 e....o resultado você vê aqui, em inglês.


 Com um elenco completamente asiático (exceto pela apresentação de, "surpresa!", Vincent Price), o especial da Disney utiliza um cenário fofo e minimalista que contrasta com a agressividade dos atores ruins e do visual medonho da bruxa. Primeiro trabalho de Burton com a Disney que lhe deu nome e, não era de se esperar, má fama.
 Mas ela lhe deu uma segunda chance...e assim veio o seu curta mais lembrado: Frankenweenie, de 1984.


 Sim, foi um sucesso básico.
 Tecnicamente, foi o pontapé inicial para que Burton dissesse "Okay, a partir de agora vou começar com os meus clássicos". Pela primeiríssima vez unindo elementos de terror e sombriedade á carisma cativante e fofuras de animaizinhos meigos, Frankenweenie fala sobre um menino que faz com que seu cachorrinho recém-atropelado volte á vida através de remendos e impulsos elétricos.
 Mesmo sendo um live-action em preto e branco com atores consideravelmente bons (Shelley Duvall, de O Iluminado, é a mãe do garoto), a história ainda é o ponto forte do filme, com apelos infantis e cômicos á todo tempo. Extremamente recomendado.
 E, em 1988, SIM! O primeiro e inesquecível clássico longa-metragem de Tim Burton!


 Os Fantasmas se Divertem é bem diferente dos filmes citados acima. Com o título original de Beetlejuice e Michael Keaton no papel principal, o filme tem um roteiro bem mais complexo do que Burton estava acostumado. Afinal, agora era um longa e...coincidentemente, para crianças.
 O filme fala sobre um casal que morre em um acidente e precisa viver como fantasmas em sua antiga casa durante cinquenta anos. Novas pessoas compram a casa, e então os fantasmas contratam Beetlejuice para afastar os humanos. Afinal, ele é um bio-exorcista, que expulsa humanos ao invés de demônios ou espíritos.
 Depois de faturar milhões em bilheteria com Beetlejuice (filme que realmente está nessa lista sob a dúvida de considerá-lo voltado para o público infantil ou não), Burton apostou nos adultos. E ficou, durante seis filmes, apostando neste público. Mas como não estamos no mês dos adultos, não percamos tempo com estes filmes e pulemos direto para The World of Stainboy.


 The World of Stainboy foi uma série animada de curtas animados produzidos por Burton em parceria com o estúdio de animação Flinch. Talvez seja o desenho com traços mais infantis que Burton já dirigiu...mas também seja o roteiro mais macabro que Burton já escreveu.
 Logo no primeiro episódio, com três minutos de duração, Stainboy usa seus poderes para ARRANCAR os olhos de uma menininha da sua idade.
 Ás vezes,um alívio nos percorre ao lembrarmos que algumas obras não são conhecidas. Porque se já há meninos e meninas que não dormem depois de assistir a Fantástica Fábrica de Chocolate, imagina o que aconteceria se todos conhecessem o assassino entretenimento de The Wolrd of Stainboy.



 E já que foi mencionado, falemos de Willy Wonka, o dono da Fantástica Fábrica de Chocolate.
 Em 1990, Burton iniciou mais uma de suas famosas parcerias - a com Johnny Depp, o maluco de seus filmes, em Edward Mãos de Tesoura.
 Por isso que, lá em 2005, veio A Fantástica Fábrica de Chocolate, primeira parceria Burton-Depp voltada para o público infantil.
 O filme trata de uma enorme e famosa empresa de chocolates  que realiza um sorteio. Cinco bilhetes dourados depositados em barras de chocolate por todo o mundo dão a oportunidade de crianças conhecerem o interior da fábrica e seu excêntrico dono, Willy Wonka (Depp).
 Trama original para ser adaptada ao cinema...se não fosse um remake. Em 1971, um filme com Gene Wilder no papel de Wonka já havia sido feito. Com o mesmo teor psicodélico, animado e exótico de seu remake. Ou seja, de interessante apenas Depp interpretando para crianças...pois Burton não inovou e ainda irritou muitos fãs do original. Remake bom ou ruim, sempre gera bafafá.
 Só que, tecnicamente, A Fantástica Fábrica de Chocolate, por mais infantil que seja, não é bem um filme em que notemos a mão de Tim Burton. Afinal, onde estão os mortos? As canções horripilantes? E, pra quem tinha gostado tanto de Vincent, onde está a massinha?
 E, no mesmo ano, Burton compensou com um de seus maiores sucessos (de qualidade também duvidosa) - A Noiva Cadáver.


 União de todas as paixões de Burton - Animação, stop-motion, Johnny Depp, coisas mortas, musicais e Helena Bonham Carter, que além de sua atriz favorita também é sua esposa.
 A história é a seguinte: Em uma vila europeia, Victor está prestes a se casar com uma bela moça quando, acidentalmente, enfia sua aliança no dedo de uma mulher morta e se vê casado com ela. Ao conhecer o Mundo dos Mortos com ela, percebe que a vida de vivo não é tão divertida assim.
 O jeito dos personagens é a única coisa que chega a incomodar. Todos tão indiferentes, como se tudo fosse tão natural. E sinceramente, não é. Para nenhum dos lados. O rapaz vivo deveria estar em estado de choque por estar conhecendo a vida dos mortos. E a sociedade cadáver, caso houvesse uma reação sensata, deveria estar amedrontada por ter seu universo invadido por um corpo de coração que bate.
 Fora isso, as músicas são assombrosas e a arte é gélida e cativante. Ou seja, Tim Burton, missão cumprida!
 Depois disso, mais uma vez Burton se dedicou a seus filmes adultos. Até que em 2010...
 Como se não bastasse já ter mexido em um clássico, resolveu voltar a se envolver com a Disney e mexer com um de seus clássicos.
 E tivemos Alice no País das Maravilhas, com Depp de Chapeleiro Louco.


 Uma coisa foi quando Burton se meteu com A Fantástica Fábrica de Chocolate e manteve o ritmo animado, alto-astral, colorido e empolgante do filme original. Afinal, isso é quase que uma atualização do filme com maior tecnologia.
 Mas em "Alice", ele perdeu a cabeça.
  Pegou o clássico psicodélico e colorido clássico 2D da Disney e transformou numa versão 3D  e drogada de Melancolia do Lars Von Trier. Acabou o ânimo, acabou a ingenuidade da protagonista, acabou a cor e o carisma dos personagens... Todos eles tão medo. O Chapeleiro que tinha a aparência dócil e eufórica, agora parece um mendigo cheio de maquiagem.
 E, finalmente, o último filme infantil que Burton fez...e que também é estranhamente um de seus primeiros filmes.
 Frankenweenie (2012), o longa-metragem!


 Uma animação? Sim. Stop-motion? Sim. Preto e branco? Sim. Tenebrosa? Sim. Com morte e ressurreição? Sim. Fofo? Sim. Uma versão longa do curta que o diretor tinha produzido em 1984? Sim. Tim Burton? Óbvio!
 Burton realmente tem um apreço enorme por seu curta Frankenweenie, o que justifica o quanto se esforçou nessa adaptação dele. A arte é perfeita, a trama é completa e o resultado seria divino se não fosse tão macabro.
 A criançada adoraria. Animações sobre cãezinhos sempre agradam, mesmo que eles estejam mortos.
 E essa, até agora, é a filmografia infantil completa de Tim Burton.
  Só não pense que esse texto vai acabar assim!

 Se você conhece o Burton, cinema infantil ou cinema sinistro...deve estar, inevitavelmente, sentindo a falta de um filme específico.
 Sabemos qual filme é esse e sabemos o porquê dele não ter sido mencionado. A verdade é que esse filme não é do Burton! Sabia?
 É de alguém com um talento muito parecido com o dele.



Henry Selick.
 Sim. O Estranho Mundo de Jack não é de Tim Burton, e sim de Henry Selick. Burton roteirizou e ajudou na produção...mas na direção quem assina é Selick, diretor tão bom quanto Burton (ou até melhor, se considerarmos que seus filmes não são tão parecidos uns com os outros).
 Selick é um assunto indispensável quando falamos de Burton e seus filmes infantis, pois o estilo é tão semelhante que os dois muitas vezes tem filmes confundidos.
 O Estranho Mundo de Jack, Coraline e James e o Pêssego Gigante. Essas são as obras primas de Selick.
 Considerando que um deles fala sobre o Rei da Cidade do Halloween querendo roubar o Natal para sua Terra, outro fala sobre um menino maltratado que foge para um universo dentro de um pêssego e outro sobre uma menina infeliz que busca conforto em um mundo onde há um monstro com olhos de botões que devora almas e se alimenta do carinho de crianças...não é fácil dizer que a criança que se divertir com os diversos filmes citados neste texto, também vão se divertir com a filmografia de Henry Selick.
 Mas é óbvio que a indicação maior para essas crianças continua sendo o mestre desse ambiente infantil porém assustadoramente doentio.
 Tim Burton, rei da morte fofa.

Top V - Animações que vão te levar no cinema.

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 Dando sequência ao nosso Especial Mês das Crianças com textos abordando apenas temas infantis, mais uma lista.
 Se você está com saudade dos antigos filmes animados e não sabe o que fazer para matar a saudade, há duas coisas que você pode fazer:

  • Assista-os novamente. Afinal, não é difícil comprar ou achar estes filmes na internet.
  • Ou então, espere a estreia de novos filmes animados que, até agora, estão prometendo ser geniais.  
 Abaixo, uma pequena lista com CINCO animações que vão estar no cinema (ou já estão) e que valem a pena de serem assistidas.
 Corre, que ainda dá tempo de ver ao menos os trailers!!


   V - Peanuts


 Esse é o que mais vai demorar pra sair. Ainda não tem trailer e nem sinopse confirmada., Só algumas imagens, um teaser bem pequenininho e uma produção que nos empolga demais.
 Peanuts (ou Minduim, como é conhecida no Brasil) foi uma história em quadrinhos que era publicada nas tiras de jornais americanos desde 1950 até 2000, criada pro Charles Schulz. Ganhando popularidade com os personagens Charlie Brown e seu cachorrinho Snoopy, Peanuts logo ganhou vários curtas e filmes animados, e se tornou um clássico em diversas mídias.
 Já Peanuts (produzido por Paul Feige e Craig e Bryan Schulz, descendentes do criador da tira de jornal) será o primeiro filme em animação 3D feito baseado nas tiras. E caso o fato de ser 3D te assuste, note que os traços de HQ se mantém fieis. As expressões faciais dos personagens parecem ter sido desenhadas á lápis, e seus movimentos são lentos e com similaridades á stop-motion, como os desenhos antigos que não possuíam tanta tecnologia.
 A animação chega aos cinemas em 6 de novembro de 2015, quando as tiras de Minduim completam 65 anos de existência.

 IV - Festa no Céu


 Esse, se você ainda quiser assistir, é melhor correr. Já está nos cinemas.
 Feito pela 20th Century Fox, produzido por, surpreenda-se, Guillermo Del Toro e dirigido por Jorge R. Gutierrez (roteirista da série animada El Tigre), Festa no Céu inova por fazer sucesso mesmo sendo uma produção mexicana e que não faz alusões a cultura americana. Muito pelo contrário, Festa No Céu é bom justamente por esse foco na cultura mexicana.
 Na história, La Muerte e Xibalba (espíritos responsáveis por dimensões habitadas pelos mortos) fazem uma aposta para descobrir quem conquistará o coração de Maria; O guerreiro Joaquim ou o músico/toureiro Manolo.
 A animação é extremamente divertida pela arte colorida e que deve deixar os mexicanos com grande orgulho de sua cultura. Além disso, as músicas cantadas e tocadas magistralmente por Manolo vão te emocionar no cinema e ficar na sua cabeça por bastante tempo. 
 E, além de fazer bom uso das caveiras e da arte mexicana, Festa no Céu (ou Book of Life no original), o conceito de que todos os personagens aparentam serem feitos de madeira é extremamente divertido e visualmente agradável.
 Corra aos cinemas e se apaixone pelo Dia Dos Muertos!! Está nas telonas desde 16 de Outubro.

III - Bob Esponja: Um Herói Fora D'Água


A pessoa que vos escreve aqui nunca foi um fã dos desenhos animados do Bob Esponja. Mas é impossível não gostar ao menos de seu primeiro filme, lançado em 2004.
 E parece que agora, dez anos depois, a Nickelodeon resolveu refazer a fórmula e lançar um novo filme. Só que inovando tecnologicamente.
 Dessa vez, os personagens precisarão salvar a Fenda do Bikini e, para isso, terão que vir á superfície. Isso então mostra que será um grandioso live-action, onde Bob, Patrick, Sandy, Lula Molusco e Sirigueijo serão animados de maneira 3D.
 E, de acordo com o trailer, essa mistura de 2D com 3D e live-action será extremamente divertida, engraçada e animada.
 E há até a evolução de celebridade. Se no antigo filme havia David Hasselhoff, no novo temos a presença do ilustre Slash!
 Bob Esponja, dirigido por Paul Tibbit, chega aos cinemas dia 8 de Janeiro de 2015. Não percam!!

II - Operação Big Hero 6


 Desde que a Disney firmou parceria com a Marvel, os fãs aguardam ansiosamente o lançamento de alguma animação em longa metragem contendo os personagens da grande editora.
 E foi então que aconteceu: Big Hero 6, pouco conhecida série de quadrinhos com temática oriental da Marvel, seria adaptada para animação pelas confiáveis mãos da Disney.
 Na cidade ultra-tecnológica de San Fransokyo, Hiro Hamada une forças com o robô Baymax para tentar salvar seu paraíso tecnológico e manter a paz instalada na cidade dos sonhos (criação inspiradas nas cidades de San Francisco e Tokyo).
 Com um trailer que, até agora, se mostrou excelente com cenas de ação, animação bonita e uma bela nova música do Fall Out Boy... Big Hero 6 mostra que vai funcionar tanto para crianças, adolescentes, adultos...e aquela raça estranha conhecida como "nerds".
 E não se preocupe, não precisa ter assistido Big Hero 5 pra entender o filme. ZUERA.
 O longa animado feito pela Disney Animation Studios estreia dia 25 de Dezembro de 2014, como um presente de Natal da Disney para todo o mundo.

I - Divertida Mente


 Como, até agora, pouquíssima coisa foi divulgada sobre o filme, só há uma coisa a ser criticada - O título.
 É realmente inaceitável! O título original (Inside Out) poderia ter sido traduzido como Dentro-Fora ou, como de costume, De Dentro Pra Fora. Ou até o literal Do Avesso. Mas a equipe de tradução preferiu usar o trocadilho clichê ao invés da tradução adequada.
 Assim, Inside Out chegará ao Brasil com o nome de Divertida Mente.
 O roteiro parece ser bem original, divertido e animado. E é um dos poucos filmes infantis que logo de cara já parece que vai trazer grande carga educativa para os pequenos que assistirem.
 A história retratará as emoções de Riley, uma garotinha que se muda junto com os pais. Clichê, certo? Errado! Seri clichê se Riley fosse o foco, mas os personagens centrais são: Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva, os impulsos e sensações que vivem dentro da cabeça da garota (daí Divertida Mente).
 Interessante não? Parece até coisa do Neil Gaiman com seus Perpétuos, e lembra também o clássico Osmose Jones. A última vez que vi algo parecido com essa sinopse foi em A Diretoria, filme gospel muito bem bolado.
 E se a história já não fosse extremamente chamativa, a arte 3D que a Pixar bolou para os personagens é genial. Enquanto alguns lembram pessoas, outros lembram insetos e outros até mesmo objetos inanimados. Isso para deixar bem específico que eles não são nada do que parecem, então não teria sentido padronizar suas aparências. Não são humanos, insetos ou objetos. São emoções, personagens nunca vistos que não te fazem lembrar de nada, exceto pela Alegria que parece bastante com algum fanart da Sininho (ou TinkerBell, chame como quiser).
 A direção está nas mãos de Pete Docter, conhecido por Up - Altas Aventuras, Monstros S.A. e os curtas "O Novo Carro do Mike" e "Carl & Ellie - Uma História de Amor". Ou seja, temos este excelente roteiro sendo cuidado por um profissional que sabe como deixar qualquer mundo real mais interessante, seja dentro de casas voadoras, armários ou até mesmo mentes.
 O longa estréia em 2 de Julho de 2015. Falta muito, mas eu aguardo roendo as unhas (e pensando como é que isso vai se encaixar na Teoria Pixar, na qual acredito fortemente há mais de um ano).

A Raposa e o Sabonete

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Dando, finalmente, final a seleção de postagens especiais para o Mês das Crianças, preparei algo que crianças adoram - Uma história. Ou melhor, uma fábula. Não tão profissional como as de Esopo ou as de La Fontaine... mas com tanta emoção, dedicação e significado quanto.
 A vocês, com orgulho e ajuda de meu amigo ilustrador Mateus Queiroz, eu encerro O Mês da Criança com a fábula da Raposa e do Sabonete!



   Na floresta, uma raposa passeava.
  Havia acabado de se alimentar com algumas uvas e já estava entediada.
 - Que floresta chata! - Ela resmungava. - Sempre as mesmas coisas! Galhos, pedras e folhas. Não há nada divertido por aqui.
 E enquanto reclamava, chegou sem querer á uma parte da floresta que nunca visitara antes.
 A raposa não sabia, mas era um acampamento humano.


 Tendas por todos os lados. Diversos utensílios espalhados, ao lado de cestas cheias de comida que a raposa jamais comera. Livros empilhados, cadeiras, sacos de dormir, produtos de higiene. Dezenas de utensílios humanos que a raposa não fazia nem ideia do que eram ou de qual era sua utilidade.
 A raposa então começou a brincar.
 Apanhou um celular que estava em cima de uma mesa e começou a mordiscar. Quando seus dentes tocavam os botões, um barulho agradável se formava e a raposa achava engraçado. Passou muitos minutos brincando com o celular.
 Depois, começou a arranhar um livro. Conforme virava as páginas, imagens se formavam. Uma mais bonita que a outra, encantando os olhos da raposa. Era tão lindo, e ela passou muitos minutos admirando a beleza do livro.
 A raposa então achou um ursinho de pelúcia. Era engraçado como ele era parecido com o urso da floresta. A diferença é que naquele a raposa podia bater, xingar e fazer piadas...e ele nem se irritaria. E esperta como ela era, passou a tarde tirando sarro do bichinho de pelúcia e se divertindo mastigando a pelúcia fofa e que não lhe machucava os dentes.
 Procurando mais coisas para brincar, a raposa encontrou uma espécie de pedra. Era cor-de-rosa, arredondada, lisa e um pouco menos dura que as pedras da floresta. Tinha um cheiro doce, mas quando mordeu...


  - Eca! - A raposa cuspiu e gritou. - Que nojo. Parece gosto de água, mas é ruim. Que pedra chata. E ainda por cima é escorregadia!
 E jogou a pedra pro lado, decidida de que brincaria com qualquer outra coisa, menos com aquilo. Era um sabonete.
 As horas foram passando quando a raposa foi surpreendida por um lobo.
 Babando de fome e cego pela vontade de matar, o enorme lobo negro de dentes e garras afiadas se aproximava da raposa, rosnando e com os olhos arregalados.
 A raposa assustada e sem ter para onde fugir, apanhou um livro e atirou no lobo. Ele ergueu a pata e com apenas uma de suas garras rasgou a capa do livro e desprendeu todas as páginas, que se espalharam pelo chão.
 A raposa olhou para os lados e jogou o celular com o qual estava brincando antes na fuça do lobo. Agarrando o aparelho com a boca, o lobo pressionou seus dentes contra as teclas e a tela e...CRÁS. Logo só restavam os pedaços do celular espalhados pelo chão.
 Desesperada, pois o lobo se aproximava, a raposa então arremessou o urso de pelúcia para tentar se defender. Não foi preciso mais que uma mordida da fera para que o ursinho se abrisse e logo já não restasse nenhuma característica de urso no boneco.
 Com o medo crescendo a cada segundo, a raposa já não tinha mais esperanças. Cada coisa que arremessava contra a fera, o lobo destruía. Com as garras ou os dentes, ele parecia invencível, destruindo tudo que tocava seu corpo.


 Sem saber o que fazer, a raposa encolheu o corpo, fechou os olhos e cobriu a cabeça com as patas. Sem esperanças, aguardava a morte assim que o lobo lhe desse uma mordida com sua bocarra gigantesca.
 E de olhos fechados, a raposa ouviu
 - Aaaai! - Seguido de um grande TUM!
 Abriu os olhos. O lobo estava caído, com a cara no chão. Perto de suas patas, o sabonete que ninguém notara que estava no caminho. A raposa entendeu tudo muito rápido.
 O sabonete estava no chão e enquanto o lobo andava...ele escorregou e caiu de cara no chão.
 Não conseguindo se conter, a raposa deu uma risadinha. Envergonhado por ter escorregado, o lobo então cobriu a cara com uma das patas e fugiu. Em questão de segundos, a fera sumiu por entre as árvores.
 E alegre por ter sido salva por aquela pedra escorregadia e sem graça, a raposa passou o resto do dia brincando com o sabonete herói.

Dossiê Hulk-Buster.

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 Sim, você sabe do que nós vamos falar. Todo mundo já falou disso...e todo mundo SÓ consegue falar disso.
 Afinal, há alguma coisa que seja menos empolgante ou que chame mais atenção do que esse novo trailer de Vingadores 2 - A Era de Ultron ?
 Não, certamente não há. E pra que não fique maçante (já que trocentos de análises do trailer já estão espalhadas pela internet), façamos uma análise da coisa que mais chama a atenção em todo esse trailer - A Hulk-Buster, armadura Caça-Hulk desenvolvida por Tony  Stark.
 Tudo que há pra saber sobre ela...e o que há para ser especulado.



  No trailer, a Hulk-Buster se faz presente poucos momentos antes do final, sendo a última revelação antes da aparência definitiva de Ultron. A cena vista é a seguinte:
 Enquanto Hulk parece estar atacando a cidade e causando-a danos (as pessoas estão em caos, o chão e os carros da rua estão danificados), um gigantesco pé surge e ali aparece a Hulk-Buster, uma gigante armadura troncuda que possuiu uma outra armadura já conhecida pelo público dentro de si. Após outros flashs do trailer, o foco volta á armadura e ao gigante esmeralda. Hulk arremessa um carro, Hulk-Buster a segura e a usa para se defender de uma investida do grandalhão. Hulk então prossegue em posição de ataque (destruindo uma barraca de frutas) e parte pra cima da armadura, que arma um soco e o choca com um murro do Hulk.
 E assim a Hulk-Buster se faz presente no trailer.


 Em nenhum momento o nome da armadura foi mencionada no trailer, e as palavras "Hulk-Buster" (Ou Caça-Hulk, no português" jamais foram ditas ou escritas em nenhum dos filmes anteriores da Marvel. Por que então os fãs tem tanta certeza de que essa armadura é a Hulk-Buster? Pode ser apenas uma armadura troncuda que calhou de ser útil contra o Dr. Bruce Banner em um dia de stress.
 Mas há alguns motivos e um deles é o visual da armadura.
 Em 1994, na revista Homem de Ferro número 304, Tony Stark desenvolveu e utilizou uma grande armadura troncuda e com, aproximadamente, três metros e meio de altura, para combater o vilão Crimison Dynamo. Mas como ninguém se lembra de Crimison Dynamo...a armadura só recebeu destaque mesmo quando foi utilizada para combater o Incrível Hulk. Logo veio o batismo de Hulk-Buster, e a armadura começou a ser utilizada para enfrentar apenas o Gigante Esmeralda.


 E os fãs são apaixonados pela Hulk-Buster. A ideia de um mecanismo tão tecnológico e uma luta tão fantástica quanto a dos dois super-heróis mais importantes dos Vingadores é simplesmente maravilhosa, e encanta a imaginação até de quem nunca abriu um quadrinho na vida.
 Inteligência contra força-bruta é o que um nerd sempre quer ver nas telas do cinema!
 Um exemplo dessa necessidade por Hulk-Buster foi visto em Homem de Ferro 3.
 Nos trailer e artes conceituais do filme, designs e projetos de uma armadura um pouco mais troncuda foram vistos...e o povo pirou achando que aquela seria tão desejada Caça-Hulk.
 Ainda mais depois de Kevin Feige ( Presidente de Produção da Marvel Studios) anunciar que os acontecimentos de Homem de Ferro 3 serviriam para mostrar os efeitos que os acontecimentos de Vingadores causaram em Tony Stark. Nerds pensaram = O maior perigo pra Tony foi ter entrado em um buraco de minhoca, por isso criou a "Deep Space Suit", armadura que resiste a atmosfera do espaço. Então, seria lógico desenvolver uma armadura resistente ao Hulk, já que este foi o segundo maior perigo que Tony encarou cara a cara.
  Mas (assim como tudo em Homem de Ferro 3) isso se tornou uma decepção, e ao invés de Hulk-Buster, nós tivemos a MARK 38 IGOR, armadura feita para levantar peso e aguentar atrito. Muito parecida com o Pega-Frango do Pica-Pau.
E foi com essas falsas esperanças arruinadas que a Marvel passou a dever uma Hulk-Buster decente para os fãs. E pagaram! Em Vingadores 2, teremos no cinema a melhor armadura que as Indústrias Stark já ousaram criar.


 Então, o maior motivo pra haver uma Hulk-Buster era : Os fãs querem ver uma Hulk-Buster.
 Mas por que Tony Stark construiria uma armadura especialmente para lutar contra um de seus aliados? Simples. Pelo mesmo motivo que o Batman sempre carrega kriptonita em seu cinto de utilidades. Precaução e a certeza de que até mesmo o mais bondoso dos heróis pode vir a pirar por causa do próprio poder que mantém (aliás, em 2016 teremos Batman V Superman).
 Mas uma coisa é criar uma Hulk-Buster. Precisar usá-la é outra completamente diferente.
 É impossível que nessa cena o Hulk esteja descontrolado. No final de Vingadores, ficou bem claro que ele sempre está com raiva e que sabe muito bem se conter. Até a cena dele descontrolado contra a Viúva Negra se justifica pelo fato de Loki estar usando o cetro para controlar sua mente.
 Uma hipótese válida é que a Feiticeira Escarlate (personagem que será apresentada em Vingadores 2) possa estar manipulando-o, já que esse é um dos possíveis poderes que Wanda terá no filme.
 A pergunta em questão é: Se o Hulk começar a perder o controle nesse filme a ponto da Hulk-Buster estar sendo usada...o que isso afeta nos próximos filmes Marvel?
 E tendo como base este trailer e as informações divulgadas até agora, algumas coisas podem ser supostas.



 Durante todo o trailer, foram mostradas cenas de Bruce Banner com um certo comportamento duvidoso.
 Na imagem acima, ele parece perturbado dentro de uma nave enquanto todos os presentes lhe dão as costas (note que o Homem de Ferro não está na imagem).
 E na imagem a esquerda, Banner agoniza como se estivesse prestes a se transformar no Hulk.
 Uma coisa é certa - O Hulk fez algo muito preocupante e que só Stark vai pensar em resolver com brutalidade.

 Com essas duas cenas ,somadas á cena de Thor pegando Tony pelo colarinho, só se torna mais evidente ainda o fato de que, desde os acontecimentos de Homem de Ferro 3, os Vingadores e Tony Stark estão indo para caminhos cada vez mais diferentes.
 Nos quadrinhos, a última vez que os dois grandes líderes (Homem de Ferro e Capitão América) seguiram caminhos diferentes...uma Guerra Civil foi desencadeada.
 E para pequena surpresa dos leitores de HQs, a Marvel anunciou há algumas semanas que Guerra Civil será retratada no próximo filme do Capitão América (previsto para ser lançado em 2016).
 E como o Hulk e Hulk-Buster tiveram tanto destaque neste trailer de Vingadores 2, não é difícil imaginar que a saga Planeta Hulk venha a ser adaptada (mesmo que Kevin Feige tenha se pronunciado dizendo que não haverá filmes solo do Hulk por enquanto, há a esperança).
 Mas de qualquer maneira, a existência e o uso da Hulk-Buster pode ser o grande motivo da Guerra Civil. Afinal, uma armadura tão grande não poderia ter importância pequena.
 E depois que se é entendido o que é a Hulk-Buster e pra quê ela serve surge também a necessidade de saber quem é que está por trás disso? É óbvio, até pelas cores, que Tony Stark foi o desenvolvedor da armadura.
 Mas nessa cena do trailer onde a porrada come solta, especificamente. Quem é que está controlando a grandiosa Caça-Hulk?
 Os principais suspeitos são quatro!



  •  Homem de Ferro - Essa é a mais "na cara" de todas, mas também a mais decepcionante. Se em Homem de Ferro 3, Tony Stark decidiu que não seria mais o mesmo "soldado"...por que se sentiria forçado a voltar a batalhar? Um Hulk não é motivo o suficiente, enxergando pelo ponto de vista de Stark. Isso sem mencionar que em TODOS os trailers dos filmes com Homem de Ferro, era explícito de que Stark estava dentro da armadura. Exceto por esse trailer. Exceto pela Hulk-Buster!
  • Ultron - Também é bem provável. Mas se for real, quebra toda a hipótese de que o Gigante-Esmeralda seja o motivo da separação da equipe. Como Ultron é um robô e que tem grande influência sob outras máquinas, armaduras e robôs, não é impossível que ele seja a grande mente a puxar as cordas para controlar a Hulk-Buster (cuja existência ele saberia, pois é uma inteligência artificial criada por Stark e que tem acesso a informações confidenciais...o tornando ainda mais perigoso que uma troncuda Caça-Hulk!).
  • James Rhodes (o Patriota de Ferro) - Todo mundo sabe que o objetivo da Marvel é produzir filmes infinitos, independente da disponibilidade dos atores ou do rumo que os personagens tomem. Assim, alguns personagens de reserva acabam sendo criados. Thor ganhou seu adorado Loki, Capitão América teve o Soldado Invernal...e Tony Stark teve James Rhodes. Rhodes aparece no trailer, já é dono de DUAS armaduras diferentes e temos certeza de que não decepcionaria ninguém no comando da Hulk-Buster. Taca-lhe pau nessa armadura, Rhodes.
  • Visão - Nos quadrinhos, um robô sintozóide membro dos Vingadores e que tem um caso romântico com a Feiticeira Escarlate. Já nas telonas, foi confirmado que será interpretado por Paul Bettany, mesmo ator que fazia a voz de JARVIS. Isso deixa claro que Visão será uma criação das Indústrias Stark. De acordo com essa nossa teoria, Visão seria no filme o responsável por substituir Tony Stark em combate. Então bem que podia ser ele dentro da Hulk-Buster. O que complica essa hipótese é o fato do mesmo ser um robô, Imagina que desconfortável um robô dentro de uma armadura que está dentro de uma outra armadura? Digno de Matrioshka!
 Mas essas informações são apenas curiosidades interessantes. O que importa mesmo é que finalmente haverá uma Hulk-Buster nos filmes. Tecnologicamente adequada, mecanicamente correta e visualmente agradável. Tudo isto para nos proporcionar talvez a maior cena de luta que já vimos em filmes da Marvel...e para provar que não é tudo que o Hulk esmaga.
 Enquanto maio não chega...o jeito é assistir o trailer repetidamente e cantarolando "Hulk-Buster" no ritmo do tema de Ghost Busters.

FDR #08 - Mais Divulgações Cabulosas.

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 Quem acompanha esse blog há mais de dois anos (ou seja, ninguém) deve se lembrar de um post especial que fiz contendo apenas divulgações de trabalhos de alguns amigos meus.
 Acontece que o tempo se passou e ainda tenho amigos precisando de divulgação. Até mais amigos, e até mais coisas.
 Isso só serve pra mostrar como que esse blog aqui tá bem relacionado, e como eu conheço gente talentosa O.o
 Alguns nem pediram divulgação, mas to ajudando porque enxergo qualidade no trabalho deles.
 Então lá vai mais algumas divulgações cabulosas...porque "cabulosas" era gíria da moda na época do primeiro texto.




Uma coisa que nem todo mundo deve saber é que agora eu tô namorando!! Eeeeba. A coitada menina se chama Sara Soares e também tem um projeto só dela, assim como eu e meu blog. 
Sara gosta muito de desenhar e tem uma criatividade um tanto quanto engraçada pra criar historinhas...assim surgiram Os Cabeçudinhos. Uma turminha de personagens desenhados com traços simples onde se definem com suas cabeças grandes e estilos musicais variados. Até agora, só cinco personagens foram publicados...mas a ideia tá bem no começo, então ainda dá tempo de curtir a página no Facebook e acompanhar o processo de evolução das tirinhas. Além de tudo, ela ainda usa o espaço para publicar alguns desenhos aleatórios que faz. Todos muito legais, diga-se de passagem. Curtam lá!  E sigam ela no Instagram também. Tem desenho sempre por lá. @Os_Cabecudinhos.!!


Outra coisa que ainda está no começo mas que seria MUITO legal se vocês desses uma olhada e começassem a acompanhar. Uma pessoa que eu conheço (e se você também conhece você até já sabe quem é) gosta de escrever Fanfics de seus ídolos que, no caso, são esses seis asiáticos aí em cima (membros da banda de J-rock The Gazette, com a participação do músico Miyavi na imagem).
 Se você gosta deles ou de histórias excitantes de yaoi (que eu não costumo ler o.O), recomendo que leiam Nossos Olhos, nova e atual fanfic desse autor cujo nome não deve ser revelado.


 E como bom fiel usuário do blogspot, não serei poser de deixar de divulgar alguns blogs.
PsicoEd - Blog do colega de um amigo meu. O meu amigo é o Leonardo Mazzuco e o colega dele, autor do blog é o designer/poeta Edson Junior. No blog, ele se aventura com poemas e crônicas muito bem feitas. Vale a pena ler, eu recomendo...e muito!
Princesa da China - Blog da Thaís Barros, grande amiga minha. Lá é o espaço que ela usa pra ser ela mesma. Basicamente isso. Não são poemas, crônicas...nada. Só a Thaís botando pra fora tudo que ela é. Fala das músicas dela, das coisas que ela pensa, conta umas historinhas dela e muitas vezes apenas dá uns conselhos soltos. Mas mesmo assim, o blog é todo fofo e carismático, como ela. Vale a visita!
Minha vida, vida minha -  O blog de uma das minhas melhores amigas, minha quase-irmã Aline Cristina (que já deve ter sido mencionada aqui algumas vezes). Nele, ela fala sobre suas experiências de vida pra poder ajudar as leitoras. Suas poesias, letras de músicas e até textos mais pessoais são todos muito bem escritos e cheios de emoção. Leia e se emocione, aprendendo a viver!!


Aí em cima tá o vídeo do primeiro canal no Youtube a ser divulgado. UibVideosGames!! Esse é o canal de Philipe Silva, meu amigo do SENAI, de emprego e, logo mais, o integrante de uma grande parceria que ainda estamos acertando (e que vocês serão os beneficiados). Normalmente, os vídeos postados lá sempre são gameplays, vídeos engraçados relacionados a games (como a série Dez Motivos Para não Jogar) e também a série InfoGames, onde ele e seus amigos dão notícias sobre o mundo dos games e as comentam. Eu acho muito divertido e, principalmente, bem editado. Assistam!
E como eu também preciso divulgar os projetos dos quais faço parte diretamente...eu os apresento o RandomCast!!


O Random Cast é o primeiro projeto da RandoManiacs que já está disponível na internet. E o que é RandoManiacs? Sou eu, o Moises (moço cabeludo dos vídeos), Vitória (moça dos vídeos), Maik (nosso editor maravilhoso) e Mateus (nosso diretor meia-boca). Nosso grande objetivo é dominar o mundo...mas a grana tá pouca, então fizemos um tripé de PVC e estamos gravando vídeos, produzindo conteúdo de entretenimento para a internet...e alegrando você. Até agora, só tivemos três vídeos oficiais. No primeiro, comentamos os lançamentos da época (Lucy, Cavaleiros do Zodíaco e Hércules). No segundo vídeo, comentamos as séries Flash, Constantine e Gotham. E no último, fizemos um especial de Halloween onde cada um de nós três citou três filmes de terror. Se esse tipo de coisa lhe interessa...bem....assiste nossos vídeos, se inscreve no canal e curte nossa página no Facebook. Garanto que vai ser divertido. Pelo menos a gente tem tentado deixar divertido. Assistam !


E nem 2014...

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 - Podem começar as provas.
 Assim que a voz da aplicadora lhe deu tal permissão, Fabrício abriu sua prova, coçou a franja mal lavada, respirou fundo, lembrou-se dos estudos e finalmente encarou a primeira questão da prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
 Foi quando notou algo de estranho na primeira questão. A pergunta mencionava questões filosóficas e as relacionava com legislações. Abaixo do enunciado, cinco alternativas organizadas de A á E. Tudo estaria dentro dos conformes se não fosse por um grande X marcado á caneta sobre a alternativa A.
 Fabrício quase riu, de tão inesperada que era a situação. A pergunta estava respondida!
 "Impossível!", pensou. "As provas estavam todas lacradas. Como isso pode ter acontecido?"
 Ignorou o fato e se lembrou de que o tempo da prova estava passando. Resolveu continuar a prova.
 Releu a primeira questão (que era muito fácil), pensou e conferiu as alternativas. Outra surpresa! A resposta era A. Ou seja, além da questão ter vindo respondida, a resposta já veio certa!
 Passou os olhos para a segunda questão e notou que também estava respondida e, concluiu depois de analisá-la, que a alternativa assinalada era a correta.
 Fabrício folheou toda a prova checando este fenômeno.
 O mesmo se repetia em todas as questões. Tudo respondido, tudo certo.
 Querendo entender, gesticulou para a aplicadora da prova, que logo veio caminhando até ele.
  - Já terminou a prova? - Veio perguntando quase que num sussurro.
 - Não. Eu estou com um problema. É que...a minha prova já veio respondida.
 - Sim.
 - Sim? - Fabrício se espantou.
 - Sim. - A aplicadora respondeu, assentindo e levantando a sobrancelha.
 - Então você sabia que ela estava assim?
 - Claro! Todas estão assim.
 - Por que?
 - Ordens do governador.



 - Quê? - Mesmo falando baixo, a indignação era notável na foz de Fabrício. - Mas se a prova já tá toda feita, o que é que eu tenho para fazer?
 - Preencher o gabarito. - A aplicadora respondeu normalmente. - De acordo com as novas leis, o fato do participante preencher o gabarito confirma que ele esteve presente na prova. Só a sua presença já prova que possui interesse na faculdade e o qualifica para ser aprovado.
 - Quem inventou tudo isso? - Fabrício ainda estava indignado.
 - O governador. Tem sido assim nas escolas há anos.
 - Mas não é injusto tanto os que sabem quanto os que não sabem serem aprovados igualmente?
 - Não. O Estudo é precário hoje em dia. Injusto seria um participante se sair melhor que os outros por causa da superioridade da qualidade de sua escola.
  - Eu saí da escola há alguns anos e sei responder boa parte das questões. Estudei tudo em livros. Ninguém depende de escola pra isso.
  - Se está incomodado, senhor...Fabrício - Ela checou seu nome na prova - , pode se queixar disto na redação.
 - A redação vai ser sobre progressão continuada?
 - Só se você quiser. O tema é livre.
 - Quê? - Fabrício já estava quase gritando.
 - É. Tema livre. Assim ninguém foge do tema e a redação de ninguém é anulada. Ou seja, todos aprovados.
 - Meu Deus! - Com os olhos arregalados, Fabrício puxou os próprios cabelos. - Será que só eu me incomodo com essa prova "de mão beijada"?
 - Sim. Veja. - E a aplicadora apontou para o resto da sala, que copiava calmamente as respostas para o gabarito. - É confortável não ter que pensar e saber que se dará bem mesmo assim.
 - Mas se formos empurrados com a barriga pelo governo dessa maneira, não estaremos preparados para lidar com uma universidade quando chegarmos lá.
 - É aí que você se engana. Com o novo projeto de lei do governador a progressão continuada se estende até as universidades. Todas as notas serão iguais e todos estarão aptos a se formar.
Fabrício se levantou da cadeira e berrou para a orientadora:
 - Esse governador é maluco?
 - Senhor Fabrício! - A aplicadora lhe deu uma bronca. - Chega de reclamações. Sente-se no seu lugar e continue a preencher o gabarito em silêncio. E sobre nosso governador...ele está no poder há bastante tempo. Ele e seus ideais possuem um laço muito forte e importante com nosso país.
 "Que laço mais estranho", Fabrício pensou enquanto se sentava e voltava suas atenções para a prova. Leu a frase que estava em destaque na capa da prova ("Quando vira nó, já deixou de ser laço").
 Indignado com toda a situação daquela prova extremamente inadequada, assinou seu nome no gabarito.
 Fabrício da Pátria Filho.


Top V - Natal no Rock

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 Parece tradição. Todo ano, uma pequena temporada antes do Natal acontece algo com meu computador e fico sem internet. Sem internet, não há possibilidade de publicar nada por aqui. E a internet volta a funcionar justamente em tempo de publicar o especial de Natal. Foi assim ano passado, foi assim esse ano e tenho certeza de que será assim no próximo ano. E pra não ficar devendo, já anuncio que três semanas antes do Natal de todo ano é meu período de férias aqui pelo blog.
 Tudo certo? E pra comemorar o Natal sem ficar de saco cheio das MESMAS MÚSICAS sobre Cristo ou espírito natalino, organizei uma pequena lista com cinco músicas (mas em que serão citadas bem mais do que cinco músicas) que, dentro do rock, homenageiam o Natal á sua maneira.
 Rock on....e Feliz Natal!!




 V - Garotos Podres com "Papai Noel Velho Batuta"


 É realmente muito difícil falar de canções de rock natalinas sem mencionar as clássicas de punk rock que, por ventura, acabam criticando o feriado.
 Nesse caso, a clássica e podre banda punk Garotos Podres tem esse conhecido hino que degrada a imagem do bom velhinho. De um gordinho generoso que presenteia as crianças que se comportam, o personagem é narrado pela canção como um porco capitalista que dá presentes aos ricos e despreza os pobres. Ou melhor, COSPE nos pobres. E na canção ,extremamente otimista, também é proposto um plano para acabar com a raça do velhinho - Sequestrá-lo e matá-lo.
 O mais engraçado é que esta não é a única menção ao Papai Noel nas músicas dos Garotos Podres. Na canção Nasci Pra Ser Selvagem (uma versão em português de Born to Be Wild do Steppenwolf), é mencionado que, mesmo que o personagem tenha nascido pra ser selvagem e não ache a escola legal, Papai Noel só vai lhe trazer um Velotrol se ele passar de ano.
 Isso só prova que mesmo sendo podres, a banda ainda é composta por garotos que acreditavam e pensavam muito no Papai Noel. 

IV - Ramones com "Merry Christmas (I Don't Want to Fight Tonight)"


 Ainda se mantendo no punk rock, os reis desse gênero não podem ser esquecidos.
 Em 1989, o Ramones lançou o álbum Brain Drain, seu maior sucesso comercial (afinal, continha sucessos como "I Believe in Miracles" e "Pet Sematary"). E pela primeira vez o punk não criticou o Natal por ser uma data comercial, capitalista ou nada de tão negativo como o Garotos Podres fez.
 Muito pelo contrário, o Ramones pregou com todo seu amor nessa canção que "o Natal não é época para quebrarmos os corações uns dos outros".
 Já no Brasil, todos sabem que o Ramones causou muita influência em uma banda de punk rock e hardcore que faz muito sucesso por aqui até hoje - o Raimundos.
 E como não poderia deixar de ser, Raimundos acabou fazendo um cover dessa mesma canção no seu álbum Cesta Básica em 1996. E pode até ser dito que a banda estava com um grande espírito natalino, pois neste mesmo álbum também há outra música sobre o feriado, chamada Infeliz Natal que reflete sobre as diferentes situações de vida e, consequentemente, de comemoração do Natal no Brasil.

 III - The Beatles com "Christmas Time is Here Again"


 Em 1995, no álbum "Free as Bird", a maior banda de todos os tempos também teve sua vez de prestar homenagens ao feriado favorito de todo mundo - o Natal, com uma canção gravada em 1965.
 Contando com a participação de todos os integrantes (Paul, Lennon, Ringo e George Harrison) e ainda a de duas participações especiais de George Martin e Victor Spinetti nos vocais.
 A canção em si não é grande coisa. Arranjos simples em uma guitarra acústica que se tornam agradáveis junto ás vozes da banda, é apenas um cântico comum que repete seu título durante a letra toda.
 No fim da música é que a mágica é revelada. Uma mensagem de Natal sendo dita por cada um dos Beatles, mostrando que "a época de Natal está aqui novamente" e é por isso que precisamos ouvir belas mensagens e desejos de felicidade. Este é o Natal dos garotos de Liverpool.
 Fora da banda reunida ainda houveram duas grandes músicas sobre o feriado. Vindo de John Lennon, em 1971, surgiu a música "Happy Xmas (War is Over)" que serviu de protesto contra a guerra de Vitename e contava com a participação do coral de crianças do Harlem. Mas Paul McCartney não ficou para trás e no Natal de 1979 também lançou o seu hit de Natal "Wonderful Christmas Time". 
 

 II - The Killers com TODAS as suas músicas de Natal.

 
A banda The Killers, já tem um tempo, é bastante lembrada pelas suas músicas natalinas.
 Em 2011 eles lançaram logo seis de uma vez, no Ep "(Red) Christmas EP". Neste EP o destaque vai para "Don't Shoot Me Santa" (vídeo acima) uma música estranhamente animada e extremamente perturbadora (tão perturbadora quanto um Papai Noel de barba ruiva).
 "Don't Shoot me Santa" se trata basicamente de um apelo do eu lírico da canção para que Papai Noel não o mate. Estranho, não? O mais estranho é que a música, no Natal de 2012, ganhou uma sequência.
 A fantástica "I Feel it in My Bones", de perfeita melodia, letra e vídeo-clipe.


 
A música trata do mesmo eu lírico de "Don't Shoot me Santa" conversando com o mesmo Papai Noel interpretado por Ryan Pardey. O clima sombrio se mantém mas a melodia é muito mais contagiante e a voz do vocalista  Brandon Flowers se coloca de uma maneira tão mais emocionante e envolvente...como o Natal deve ser.
Depois disso ainda vieram as duas músicas seguinte. Em 2013 veio "Christmas in L.A." com participação do ator Owen Wilson no vídeo-clipe e a canção natalina de 2014 se mostrou como "Joel, the Lump of Coal" que conta  a história de um carvão enquanto a banda toda se veste de duende no clipe da música.


I - Queen com "Thank God It's Christmas".


 No nível de The Beatles, Queen é uma das maiores bandas de rock que já existiram. O quarteto formado por Brian May, Roger Taylor, John Deacon e o genial Freddie Mercury que sempre foi conhecido por suas músicas bem elaboradas de letras que prezem pelo amor, pela paz e pela felicidade geral. 
 E se o assunto é amor, paz e felicidade geral...como que a banda poderia se esquecer do Natal?
 Entrando no espírito natalino mas ainda sim pensando em fazer uma música genial, Queen lançou em 1984 a música "Thank God It's Christmas" que traduz perfeitamente uma das funções dessa festa e celebração linda que acontece antes do fim do ano.
 "Oh meu amor, nós tivemos nossa parte de lágrimas.
 Oh meu amigo, tivemos nossas esperanças e medos.
 Oh, meus amigos, esse foi um longo e árduo ano.
 Mas agora é Natal."

 Menções Honrosas

 Duas músicas natalinas que se enquadram muito bem no Natal.
 A primeira extremamente realista.
 A segunda é uma fábula muito bem-humorada.
 E para vocês...um feliz Natal a todos! o/

2014 em 14 virais.

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 Nos dias de hoje, o mundo gira (além do dinheiro e do sexo) em torno de uma única coisa - A internet.
 Não importa se aparece no Faustão ou no Caldeirão do Huck. A grande fama da nossa atual geração é toda online. Pode até aparecer na TV, mas só alcança o estrelato se bombar no Facebook ou no Youtube.
 No caso, o sonho médio da população não é mais se tornar estrela de TV. O desejo de todos, agora, é se tornar meme. Porém, você nunca escolhe a condição de meme. Ela simplesmente acontece.
 E para celebrar o fim do ano de 2014, uma pequena retrospectiva dos memes ou virais que aconteceram durante o ano e que nós não cansamos de usar nem por um segundo.
 Afinal, 2014 deixou bem claro que THE ZOERA NEVER ENDS. 



 1 - Eita Giovana, o forninho caiu!! 

 Tá, o vídeo é bem antigo. Mas alguma coisa que nós não sabemos o que é conseguiu fazê-lo finalmente ser notado na websfera.
 Assim sendo, o vídeo da pequena Giovana dançando funk e derrubando o forninho se espalhou mais rápido que sarna.
 O curioso é que, assim como "Brace yourselves" e "Winter is Coming", as frases "Eita Giovana" e "o forninho caiu" nunca foram ditas em sequência. Mas o povo achou que seria apropriado, então a moda pegou.


 E "meu forninho caiu" acabou se tornando uma expressão comum entre as pessoas para dizer que estão chocados, de queixo caído ou que foram surpreendidas. "Segurar o forninho"é quase o mesmo que "segurar a barra".
 Mas como toda piada, a propagação e as vertentes são bem melhores que o original.
 E, é claro, as montagens também são incríveis.
 Mas se há um dia que podemos chamar de "o dia em que a internet foi longe demais", este dia foi o dia em que alguém pensou em fazer um mangá onde os personagens Giovana e Forninho eram apaixonados. Leia a história completa aqui e se espante com as proporções que o vídeo de uma menina dançando e se acidentando pode ter.

 2 - O cantor do metrô.

  Pelos meados de outubro, surgiu mais uma nova estrela que se mostrou (entre meu círculo de amizades) um velho conhecido.
 Depois dos vídeos terem bombado, muitos amigos meus chegaram a comentar que já viram a tal webcelebridade pessoalmente.
 No caso, é este nobre senhor que, não se sabe pra onde vai, canta uma musiquinha no metrô para relaxar.
 É o famoso mito do metrô.

Tudo começou com o ídolo cantando uns sucessos do funk.

  
Depois, ele retornou com um hit do rock da banda Tihuana.



E, por fim, o nosso glorioso cantor (que sonho em ver ao vivo um dia), encerrou sua carreira dizendo que não gosta de rap, cantando Titãs e LS Jack...encerrou sua carreira ao se identificar.

3 - Será que eu pego um ônibus ou será que eu compro uma goiaba, né?


 Não tem muito o que dizer desse. Surgiu quase no final do ano e dominou a internet de forma absurda.
 Ninguém sabe da onde veio ou qual o proposito da existência desse vídeo. Mas todos sabem do que se trata.
 Uma música cantada toda em autotune narra a aventura de um homem que estava morrendo de fome e como tinha apenas R$1,50 ficou confuso se comprava uma goiaba ou se pegava um ônibus. Optando pela goiaba, o coitado então sofre o advento de ser chamado por dois caras que roubam sua goiaba ao final da música.
 Bizarro, né? Mais ainda por ter um clipe todo nos moldes do gráfico de GTA.
 Estranho, ruim e engraçado. Preencheu os requisitos e conseguiu se tornar meme, colocando também todas as frases do personagem da música na boca do povo.
 Se você usa a internet e não decorou toda a letra e ritmo dessa canção...Parabéns!! Você é muito ocupado!! Uma prova de que "o ônibus mais caro do mundo" se espalhou facilmente pelo mundo real, é este vídeo:

4 - Taca-lhe pau nesse carrinho, Marcos!

  Algumas coisas fazem sucesso por serem engraçadas. Outras, por serem estranhas. Outras, por serem polêmicas. Essa não se enquadra em nenhuma das categorias. Essa fez sucessos...sem motivo. Não peça explicações.
 Marcos apenas tacou pau no carrinho enquanto descia o morro da Vó Salvelina. E o Brasil inteiro parou pra acompanhar a descida cheia de adrenalina. De repente, "taca-lhe pau nesse carrinho" se tornou uma frase tão motivacional quanto "segure seu forninho".


 Uma coisa bem curiosa é o fato disso ter se espalhado tão rápido mesmo que (assim como a música da goiaba) não possua nexo nenhum.
 Logo chegaram as entrevistas explicando tudo - Marcos e Leandro são primos que acabaram gravando um vídeo enquanto brincavam com o carrinho na casa da vó Salvelina, onde passam as férias. 
 Mas devemos todos concordar que o ápice de um viral da internet é quando ele bomba a ponto de ir parar na televisão.
 E foi assim que Marcos, ou melhor, Leandro chegou a narrar uma propaganda do GP Petrobras do Brasil de Fórmula 1.


5 - TURN DOWN FOR WHAT!

 Uma das coisas que mais faz sucesso na internet é treta. Discussão, briga, debates e, é claro, pessoas humilhando as outras verbalmente. É uma das coisas mais engraçadas de se assistir e, se é você que participa de uma, chega até a ser empolgante.
 Então não demorou muito para que começassem a surgir vídeos de conversas ou pessoas vencendo debates ao som de Turn Down for What, música de DJ Snake & Lil Jon. 
 E com a épocas das eleições, a moda começou com Aécio Neves.

6 - Meu óculos, ninguém sai. Juliana está desmaiada.


 Outro que surgiu do passado. Esse vídeo já era conhecido pela internet (com uma ajudinha do pessoal do Mundo Canibal) mas voltou triunfalmente com essa redublagem animal que uma mulher, aparentemente chapada, resolveu fazer.
 É tanta coisa engraçada de uma vez. O sotaque da moça, o medo de quebrar a clavícula, o desespero para encontrar o óculos, o desespero de chamar o SAMU (XAMOXAMU!) para a Juliana que...está desmaiada.


7 - Wiggle wiggle wiggle.

 Lançada em junho de 2014, a canção Wiggle de Jason Derulo com participação especial de Snoop Dogg foi um sucesso estrondoso.
 Aqui no Brasil, sua melhor posição foi a de música mais tocada nas rádios durante algumas semanas.
 Além de incluir uma batida e um refrão pegajoso que demora dias para sair da cabeça de alguém, a canção faz quem for dançar (afinal, é isso que a letra ordena) e ser contagiado pelo ritmo.
 E também é óbvio que, por aqui, sofreram muito as pessoas chamadas Igor. Em situações como:
 - Me passa o número do Igor?
 - Que Igor?
 - Igor Igor Igor.

8 - Let it go! ♫



 Não podemos negar que quando Frozen foi lançado no Brasil, houve uma movimentação incrível!
 Todo mundo queria ver o filme, todo mundo queria rever, todo mundo torceu para que ele vencesse como melhor animação no Oscar...e todo mundo começou a cantar apaixonadamente a música Let it Go.
 No Brasil, "Livre Estou" se tornou um grande sucesso na voz de Taryn Szpilman enquanto nos Estados Unidos as vozes que carregam a música nas costas são as de Idina Menzel e de Demi Lovato.
 Os vídeos de pessoas cantando são os que mais surgem pela internet e, claro, o que fazem a canção se tornar mais fofo ainda do que já é.


9 - Copa do Mundo 2014.

 É, a nossa Copa teve tantos virais acontecendo simultaneamente que ela por si só acaba sendo um único e grande viral.
 Claro, houveram as piadas com os jogadores. No caso, o coitado do Fred era muito criticado por não fazer nada nos jogos.


 Ou piadas sobre a bunda do Hulk.



 Mas as duas melhores piadas com a Copa do Mundo não ocorreram durante o torneio. Uma ocorreu antes, com essas possíveis ameaças de que a Copa talvez não seria realizada. 



 E outra piada acabou fazendo sucesso quando a Copa acabou para a seleção brasileira e nós perdemos para a Alemanha de miseráveis 7x01. Até aqui pelo blog rolou uma pequena zoera.
 Gol da Alemanha...mesmo sem tempo para respirar.
 P.S: A última imagem é desse jogo aqui. Mais uma prova de que a Internet passou dos limites.


10 - SELFIES.

 Essa foi uma das primeiras que surgiram no ano.
 2014 com certeza foi o ano oficial das selfies. E se você esteve ausente da internet durante todo este ano e não sabe o que é uma selfie, lá vai a definição direto do site Significados:
 "Selfie é uma palavra em inglês, um neologismo com origem no termo self-portrait que significa autorretrato, e é uma foto tirada e compartilhada na internet."
 A febre se espalhou ainda mais com a ajuda do Oscar. Pois houve a famosa selfie do Oscar, que lofo influenciou os selfies (não menos ilustres) da Globo e da Record.


 E entendo que a onda pegaria, o grupo The Chainsmokers lançaram, em janeiro de 2014, o hit "Selfie" que ajudou a onda das selfies a viralizarem mais facilmente, possuindo seu hino. E, claro, inspirou muitos vines engraçados.

11 - O Desafio do Balde de Gelo.

 Um dos virais caridosos de 2014.
 O "quase flashmob" consistia em gravar um vídeo jogando um balde cheio de água gelada em sua cabeça e desafiar outras pessoas para fazer o mesmo. O objetivo? Incentivar e popularizar a doação para pesquisa e procura de cura para a doença esclerose lateral amiotrófica.
 E como se molhar é engraçado e entusiasmante, a moda acabou pegando. Dezenas de pessoas famosas se molharam em nome da causa. E alguns foram surpreendentes.
Ah, e claro...um pequeno destaque para o modo como o genial Charlie Sheen. 



E se há alguma dúvida de que TODO MUNDO fez o desafio do balde de gelo....há o do Superman , Neil Gaiman, Stephen Hawking e...eu. 

12 - Peppa Pig.

 Quem diria que a Galinha Pintadinha perderia o posto de desenho animado mais comentado?
 Peppa Pig é um desenho sobre uma porquinha chamada Peppa que convive com seu irmão mais novo George e sua família de porcos. Com músicas chatas e arte bem tosca, Peppa Pig é apenas mais um desenho mongoloide para crianças pequenas (como foram Teletubbies, Backyardigans e Charlie & Lola).
 Mas o que algo pra crianças está fazendo aqui? Bem, digamos que o público infantil e o público que navega na internet não são tão diferentes. 
 Então, as montagens e piadas com Peppa não demoraram a surgir.

E tem dois vídeos que definem bem a Peppa na internet. Um com as paródias ("Isso é muito adulto") e outro com as provocações que a pobre Peppa costuma ouvir.

13 - Passinho do romano 

 É muito ruim colocar funk em uma lista. Independente qual seja a lista. Ter que ouvir pra colocar aqui chega a ser muito desconfortável...e são nesses momentos que repenso minha vida como blogueiro.
 Em 2014 bombou outra coisa que ninguém entende o motivo - O passinho do romano, uma dança que os funkeiros fazem.
 Mas não é simplesmente uma dança, e por isso fez sucesso. É engraçada. É esquisita. É....feia!
 Sem mais o que dizer....apenas veja. Perna prum lado, braço pra outro...e muito tremelique.

14 - Pablo.


 Existem vários motivos pra uma música ficar popular na internet.
 Pode ser engraçada, pode ser boa, pode ser ruim, pode ser contagiante.
 Já Pablo, o grande REI do arrocha...é muita sofrência.
 Isso mesmo que você leu. Pablo, o cantor, acabou fazendo muito sucesso com sua música Homem Não Chora justamente por inspirar tristeza e muita choradeira a todas as pessoas que a ouvem em momentos delicados.
 É o tipo de música que é pior que chutar bico de mesa.
 O blog NÃO Salvo até chegou a fazer um compilado de sofrência do Pablo do Arrocha...o que nos ajuda bastante a ilustrar esse viral que tomou conta da internet e, infelizmente, dos áudios do WhatsApp.
 O Pablo, na verdade, é uma cebola.


 E é isso!!
 Claro que existem muitos outros virais que perpetuaram durante esse ano...mas é covardia pedir para que todos sejam listados.
 Fiquem com esses quatorze que, tenho certeza, lhe ocuparam muito tempo e muitas risadas durante 2014.
 O ano já está acabando e é claro que vai deixar saudades. Mas segure seu forninho, respire fundo e taca-lhe pau em 2015.
 Mas sem chorar, claro. Pois homem não chora!


P.S: 2014 está desmaiado. Mas a zoeira never endss.

O Guia Oficial de 2015 (segundo De Volta Para o Futuro)

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 2014 foi ruim pra você? Não se desanime, ele não foi bom para muitas pessoas (independente do que elas dizem no Facebook).
 Mas 2015 acaba de chegar e só há um jeito de se dar bem nele (coisa que tu não fizeste ano passado) = Estando preparado pra ele. Como? Simples.
 Em 1985, Marty McFly voou (SIM, VOOU) para o futuro com seu amigo, o cientista Doc Emmet Brown e sua namorada  Jennifer e, ao chegar em 2015, observou uma porção de evoluções em sua cidade que com certeza se aplicam no mundo inteiro.
 Então, assim como o Capacitador de Fluxos é o que torna a Viagem no Tempo possível, as informações que McFly adquiriu em De Volta Para o Futuro II são o que tornam possíveis todas as dicas que você verá aqui...no Guia Oficial de 2015 (segundo De Volta Para o Futuro).
 Então aperte os cintos de sua máquina do tempo e prepare-se para descobrir como será seu ano...que com certeza te surpreenderá.



 Ciência e Tecnologia sendo aplicadas no seu cotidiano -

 Por incrível que pareça, ao longo deste ano que se inicia, teremos grandes revoluções tecnológicas e científicas que, por mais que você não entenda seus funcionamentos, serão de grande utilidade no nosso dia-a-dia. Como por exemplo o Mr. Fusion! 


Diga "Olá" para o Mr. Fusion e dê adeus á suprimentos nucleares como plutônio.  Uma super-evolução dos filtros e conversores de matéria, o Mr. Fusion converte todo e qualquer tipo de lixo caseiro (como cascas de banana e latas de refrigerante usadas) em energia nuclear. A energia fornecida pelo Mr. Fusion torna o plutônio obsoleto e serve para reabastecer muitas máquinas que utilizam de tecnologia avançada. Adquira logo o seu p/não se sujeitar a roubar plutônio de terroristas libaneses - pode ser perigoso!!


 No ano que estamos entrando, estradas não são necessárias! Pelo menos não 100% necessárias.
 A ciência evoluiu de modo que os carros possuem um sistema de vôo e flutuação que funciona muito bem.
 E não são apenas os carros de uso popular. Táxis, viaturas policiais e até mesmo motocicletas se aplicam a esta condição de não precisarem mais de estradas.
 O que? Seu carro ainda tem rodas e não possui sistema de voo?
 Mude isso agora o adaptando para transporte nas vias aéreas por apenas US$ 39.999,95. No caso, R$108.403,86 no Brasil.


 Já ouviu falar de Doc Emmet Brown? Não? Pois agora você ouviu...então agradeça-o. Este homem é o Steve Jobs dessa geração! Graças a ele que em 2015 nos serão revelados esta variedade enorme de aparelhos eletrônicos milagrosos.
 Entre estes aparelhos está o E Z Sleep, induzidor de sono que você pode utilizar em pessoas que fazem perguntas demais.


 Os estudos da meteorologia também estão prestes a evoluir espantosamente.
 Ainda esse ano, nossas previsões do tempo se tornarão extremamente precisas.
 Você poderá planejar seus passeios, suas viagens e seus programas sem ser surpreendido por nenhuma chuva chata ou clima inconveniente. E caso uma chuva venha a surgir, a perfeita previsão do tempo irá lhe anunciar a exata hora, minuto e segundo em que ela terminará.
 P.S. - Por algum motivo desconhecido, o correio não é tão preciso quanto a previsão do tempo.



 E as clínicas de cirurgia plástica não ficariam, claro, de fora dessa coleção de novidades de 2015? Os tão amados médicos da beleza resolveram inovar e criaram o sistema de "all-natural overhall" onde, além de retirar rugas e tratar cabelos, o sangue do corpo pode ser trocado por um novo, sua vida pode ser prolongada em trinta ou quarenta anos e seus membros e órgãos podem ser substituídos a seu bom gosto.
 Mais um ano se passou e o ser-humano continua cada vez mais vaidoso.


 Até a Texaco (da qual você não ouve falar há tempos) tem projetos de cair o queixo e inovadores em 2015. Com apenas uma escaneada, o sistema de inteligência artificial realizará um check-up no seu carro e poderá lhe informar todas as avarias que o mesmo possuiu e/ou melhorias que podem lhe ser realizadas.
 Por exemplo, este chek-up instantâneo pode te informar quanto óleo falta para que seu automóvel esteja de tanque cheio e até mesmo se há alguma falha em seu sistema de pouso. Porque, como todo bom conhecedor das vias aéreas sabe, pousar é muito pior que decolar.


 Quando você vai á lanchonete o que é que mais te irrita? Com certeza são os atendentes chatos ou garçons que esquecem seu pedido e acabam te deixando passar fome nos balcões do estabelecimento.
 A partir desse ano, isso irá mudar. Com o sistema de Garçons Virtuais das lanchonetes, você poderá saber tudo que está disponível no cardápio do estabelecimento além de poder interagir com a TV (que por algum motivo não são de LED, LCD ou Plasma) e receber seu pedido com menos de um minuto de espera.


 Olhe bem para este livro. Ele faz parte dos antigos livros que vinham com uma sobrecapa. Quer
dizer, antigos até agora! A partir de 2015, este tipo de encadernação não será mais necessário.
 Afinal, pra que proteger a capa de um livro contra poeira se um papel á prova de poeira foi desenvolvido?
 Plastificação ou laminação de livros estará obsoleta. É uma pena que os operadores das máquinas de tais processos serão desempregados...mas o papel á prova de poeira chegou para ficar. Até a indústria gráfica está ganhando com as inovações tecnológicas de 2015.
 E já que mencionamos esse método antiquado de encadernação, saiba que o DustBuster - um mini aspirador de pó - também já é considerado velharia. Se livre do seu que ainda está novo, vendendo-o para a loja de antiguidades mais próxima de sua casa.

E, na imagem ao lado, mais uma das excelentes invenções do revolucionário Dr. Brown. Aproveitando que estamos na era das fotografias (as famosas selfies), esta câmera fotográfica pode ajudar em muita coisa. Mesmo não tendo um visor daqueles de câmera frontal de celulares, a câmera possui um sistema de zoom muito eficiente (podendo ser utilizada até como binóculo).
 Além disso, a visão da câmera é meio Robocop, e marca e identifica rostos de indivíduos. Muito útil, é claro, se for utilizada em câmeras de segurança e/ou radares de trânsito.


 Lembra, no ano passado, quando você acordou de mal jeito e teve que ficar o dia inteiro deitado por causa da sua dor nas costas? Ou quando se entupiu de Dorflex pra ter que ir trabalhar sem que a dor na coluna te incomodasse?
 Em 2015, você não terá mais esse tipo de problema.
 A mesma tecnologia utilizada nos carros voadores está instalada no hoverbelt. O hoverbelt é um cinto flutuante que te ajudará a se locomover e a alongar os músculos quando der aquele mal jeito na coluna e somente a ciência puder te ajudar. Perdão, quiropráticos, mas se adaptem e aprendam a consertar os hoverbelts para não ficarem desempregados para sempre.


 E você que começou 2015 dizendo que o mundo agora só vive de internet e que a televisão não é mais parte ativa da vida social da família...saiba que está enganado.
 A TV até que estava meio fora de moda durante todo o ano de 2014, mas com essa inovação é impossível desgrudar os olhos da TV - Com essa tela enorme, é possível assistir a até seis canais de uma vez só. Muita informação acumulada para que o telespectador se torne cada vez mais inteligente.
 E é claro, seu aparelho televisor também serve como janela desde que você coloque no Canal Paisagem, onde são exibidas imagens de lindas vistas durante as 24h do dia.


Séculos se passam mas um hábito nunca muda - Domesticar cachorros.
 Mas conforme a ciência avança, o homem se torna cada vez mais preguiçoso. Assim sendo, como meu cachorro vai me amar se eu não tiver disposição para levá-lo para passear?
 Fácil. Use o passeador de cachorros eletrônio! Uma pequena nave flutuante (No maior estilo de "O Milagre Veio do Espaço") que levará o seu cachorro em qualquer passeio que ele precise fazer e você tenha preguiça de acompanhar.
O Totó precisa fazer suas necessidades? Ligue o aparelho.
 Exercitar o Rex? Ligue o aparelho.
Tédio? Ligue o aparelho. Ter um cachorro em 2015 é bem mais simples.


 Realmente, a grande decepção tecnológica de 2015 é que ainda não inventaram a pizza por download.
 Mas enquanto isso ainda é estudado, o Black & Decker Hydrator facilita muito a vida de quem gosta de pizzas.
 É só colocar um pequeno brotinho (ou 'mini pizza) dentro do forninho, ajustar o nível de hidratação e...TCHARAM. Uma pizza novinha em folha, fresquinha e pronta para o consumo.
 A senhora dona de casa, que facilmente aprenderá a manejar a melhor hidratadora de alimentos já criada, estará acostumada a ouvir elogios como "Nossa, mãe, ninguém hidrata pizza como a senhora".


 Ainda auxiliando a refeição familiar de 2015, surge o Garden Center. Esse aparelho conhecido como a fruteira eletrônica além de ser um ótimo enfeite para a sua cozinha ainda ajuda sua família a ter com praticidade uma alimentação balanceada, consumindo todos os tipos de fruta.
 Ativada por comando de voz, a fruteira localizada no teto de sua sala de jantar se disponibiliza assim que ouvir o comando "Fruit, please" sem que ninguém seja obrigado a comer o que não quer, apenas o sujeito que solicitou pelos serviços da inovadora Garden Center.


 Você acha o Skype impressionante? Espere até ver isso.
 Os telefones fixos, a partir de 2015, estarão conectados com várias extensões da casa. Desde os televisores, as janelas e até mesmo os óculos digitais que todos possuírem (afinal, esse vai ser um dos sucessos do ano).
 Não existirá nenhuma outra chamada telefônica que não sejam as em vídeo. Pra que só ouvir...se você pode ver?
 Além do mais, o seu telefone estará conectado a todos os aparelhos de fax da sua casa.
 Sim! Fax! Pra quem acha que eles tinham saído de moda, pode ir tirando seu fax do guarda-roupa....pois em 2015 eles estão voltando com tudo!

 Polícia, política e questões sociais.

 Se a ciência avança, é sinal de que estamos mais inteligentes, certo? Certo!
 Dessa maneira, é óbvio que muitos problemas foram resolvidos e toda a nossa legislação e sistema de segurança estarão muito melhores. Esqueça os protestos! Esqueça as manifestações!
 De acordo com nosso Guia, 2015 será o ano em que o mundo finalmente se acertará!


 O Sistema Judiciário promete que irá finalmente tomar jeito. Assim que uma infração na lei for feita, a pena/sentença será definida em um prazo muito mais curto do que o normal...de modo que a justiça não continue a tardar tanto. Uma sentença que demorava questão de anos para ser divulgada, poderá, em 2015, ser efetuada em menos de duas horas.
 É uma pena que, para isso, uma profissão deixe de existir. 2015 é o último ano para os advogados. Afinal, é justamente a ausência deles que faz o sistema judicial funcionar tão impecavelmente.
 E a economia também parece andar bem. Afinal, há verba para que até mesmo os táxi estejam aceitando cartões de crédito.


 Já a polícia também tem grandes avanços em 2015.
 Por algum motivo, o número de oficiais femininas aumentou demasiadamente. Em 2015 é mais comum dar de cara com uma policial mulher do que com os clássicos bigodudos comedores de rosquinha.
 E a eficiência da frota também promete mudar em 2015. Utilizando aparelhos de ponta, a identidade de uma pessoa (junto de seu endereço e vários outros detalhes pessoais) podem ser descobertos apenas pela análise de suas impressões digitais.
 E talvez seja válido mencionar que, em caso de operações noturnas, as policiais se utilizam de cassetetes brilhantes semelhantes aos sabres de luz de Star Wars.

 Cultura Popular

 Claro que a cultura move o mundo. E em 2015 não será diferente. Cinema, videogame e inovações na arte serão as coisas mais comentadas em 2015.
 Principalmente aqui, neste blog que já está lhe disponibilizando quais serão as sensações da cultura pop durante o ano de 2015.


 Star Wars? Vingadores 2? Jurassic World? Exterminador do Futuro? Esqueça tudo isso.
 Em 2015 você só vai roer as unhas para assistir UM filme. Ou melhor, O filme - Tubarão 19.
 Com o subtítulo de "Dessa Vez é Muito Muito Pessoal", Tubarão 19 chegou para ser o sucesso do verão de 2015 e com certeza já carrega nas costas o Oscar de Melhor filme. Dirigido pelo genial Max Spielberg, você vai até esquecer de se perguntar porque os filmes pularam do IV para o 19.
 E é justamente nesse filme que veremos surgir a nova tecnologia. Mais realista que o 3D básico, os hologramas 3D chegaram para revolucionar o cinema.
 Infelizmente, segundo comentários de quem teve contato com Tubarão 19, o tubarão ainda parece falso.


 Ah, e sobre o mercado da música...sim, vai se revolucionar.
 Não temos permissão para mergulhar a fundo nesse assunto (afinal, é muito pessoal). Mas se lembra dos rumores sobre Michael Jackson não ter morrido? Então, são todos reais. Ele está vivinho da silva.
 Pois é, 2015 está cheio de surpresas.


O game da imagem acima, em 2015, só pode ser encontrado dentro de lanchonetes retrô. Caso contrário, você nunca vai conseguir jogar fliperama de características tão antiquadas.
 O que há algumas décadas era considerado, PASMEM, divertido, hoje é apenas um brinquedo para bebês.
 Imagine só. Que tipo de videogame é esse onde você precisa utilizar as mãos? Coisa de velho.
 Em 2015, todos os videogames são jogados apenas com a força do pensamento e funcionam muito bem sob comando de voz. A indústria de games cresce a cada dia e, de todas as instruções deste guia, esta é a mais certa, com certeza.

 Esportes (e artigos esportivos).


 Com certeza é o mais esperado para 2015. Mas o ano chegou...então não vai demorar muito!
 A tecnologia utilizada para fazer carros e cintos voares também se aplica aos antigos skates agora. E os hoverboards são a maior sensação entre a garotada que agora não precisa de estradas nem para andar de skate.
 Possuindo vários modelos (como o desejado Pitbull), os hoverboards só tem um defeito:
 Não funcionam na água a não ser que haja um combustível especial ou turbo. 


 E se estiver interessado em apostar em alguma equipe esportiva com o intuito de lucrar, O Guia indica (mesmo que seja um pouquinho ilegal) que você aposte toda a grana que tiver no CUBS. Estatísticas comprovam que em 2015, o CUBS vai vencer o World Series de Baseball contra o Miami. Apostem...pode parecer um tiro no escuro mas é vitória certa!

E realmente há quem diga que o grande motivo do CUBS ter tantas chances assim de vencer o World Series é o equipamento. Afinal, todos os rebatedores titulares do CUBS estão munidos do mais novo modelo de tacos de baseball 2015 - O Slugger 2000, que aumenta de tamanho conforme a necessidade graças á suas juntas retráteis.

 Moda!

O interesse de todos é apenas esse. Agora que 2014 acabou, como vou saber o que vestir? O que está na moda? Qual será o figurino que marcará história durante o ano de 2015? Pois bem, O Guia Oficial de 2015 te conta com exclusividade, para que você não passe vergonha com seu figurino antiquado.


 Primeiro, nem pense em sair de casa se não tiver um dos tênis especiais da Nike de cadarços automáticos. Afinal, 2015 será um ano tão movimentado...se agachar para amarrar os cadarços pode ser até perigoso.
 Prezando por sua segurança e sua boa aparência, a Nike logo tratou de lançar este tênis prático que se ajusta e se "amarra" assim que colocado em seu pé. Além de tudo, os tênis ainda tem sistema de plataforma levadiça em suas solas. Assim sendo, se você precisar ser mais alto em alguma ocasião...seu tênis te ajudará. Isso tudo sem perder o estilo. 
 Coitado de quem for pêgo amarrando os cadarços em 2015. Seria o maior mico...


 Ah, e claro. Fiquem atentos ao jeito que Marty McFly Jr se veste. O estilo do garoto reúne tudo que alguém precisa para ser descolado em 2015.
 Jaquetas vermelhas com o dispositivo de ajuste automático. Está apertada ou folgada? Aperte um botão e pronto! Sua jaqueta está perfeita para o seu tamanho.
 E caso você caia na água...sem problemas. Nike, mesma empresa inventora dos milagrosos tênis de cadarço automático, desenvolveu o sistema de autossecagem á jaqueta. É apenas apertar outro botão e um sistema de ventilação acoplado a peça de roupa irá te deixar novinho em folha.
 E ande sempre com os bolsos para fora. Isso é descolado. É assim que Marty McFly Jr anda. Quem liga pros rumores sobre os envolvimentos dele com crimes? Ele é filho do ex-guitarrista e vocalista da banda The Pinheads e isso é o que importa.


 Mas se os descolados possuem um estilo próprio, é óbvio que os valentões também possuiriam.
  Muito menos amigáveis que o visual dos descolados, saiba como se vestir se você gosta de roubar dinheiros do lanche e se aproveitar dos mais fracos:
 Use capacetes de bicicleta o tempo todo.
 Robô, aparentemente, representa o mal. Então se pareça com um. Use o máximo de metal que puder, em coletes, capacetes e até mesmo cintos. Se puder, desenhe circuitos no rosto,
 Utilize maquiagem exagerada em cores vivas e brilhantes por todo o seu rosto, independente do seu sexo,
 E, claro, utilize um anel pontudo e afiado. Afinal, nunca se sabe quando você vai precisar socar alguém nas partes íntimas.


 Então, basicamente...este é O Guia Oficial de 2015 (de acordo com De Volta Para o Futuro II).
 Está pronto para encarar este ano com a cabeça erguida e preparado para qualquer dificuldade que surja? É, imaginei que não.
 Mas a ideia central é que este Guia possa lhe ajudar a ter sucesso em 2015.
 Isto é...Marty McFly voltou no tempo e nunca sofreu o acidente de carro que lhe custou sua carreira. Ou seja, o futuro pode ter mudado. Assim sendo, este Guia pode ser inútil.
 Neste caso, culpe o McFly e não O Guia.
 Feliz 2015 e desculpe o transtorno.


Top V - Melhores Papeis de Roberto Gomez Bolaños

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[ESSE TEXTO TINHA SIDO ESCRITO PARA SER PUBLICADO NO FINAL DE 2014, MAS DEU RUIM. PELO CONTEÚDO ATEMPORAL, JÁ QUE BOLAÑOS NÃO PRECISA DE MORTE PRA SER HOMENAGEADO, A PUBLICAÇÃO VEM AGORA.]

 Recentemente, a cultura popular perdeu um grande nome. O caríssimo Roberto Gomez Bolaños (famoso principalmente no Brasil por escrever e atuar nas séries Chaves e Chapolin Colorado) faleceu ao ter uma parada cardíaca dia 28 de Novembro de 2014, em Cancún, México.
 Sempre que há algum famoso vem á falecer, dois fenômenos ocorrem.
 O primeiro deles é a comoção. Fãs e admiradores de seu trabalho pelo mundo todo desabam em lágrimas. A maioria delas linda (como tantas artes de Chaves chegando ao Céu e encontrando Seu Madruga) e emocionante.
 Outro fenômeno é o menosprezo que tal artista sofre por parte de um público específico - Os trolls. Comentários sobre "só fez sucesso depois que morreu" ou "só fez um papel bom na vida toda" surgem adoidado.
 Para perturbar a memória de Bolaños, os comentários mais ofensivos possíveis foram "Só fez Chaves" e "Ator ruim que deu sorte fazendo Chaves".
 E pra provar que Bolaños foi muito mais do que apenas Chaves, uma pequena lista de papeis que o grande Shakespeare mexicano (por isso chamado de Chespirito) chegou a interpretar magistralmente, dentro ou fora das séries que os consagraram.




                                                   V - Chompiras


 Chompiras é uma esquete feita por Bolaños na Televisa que bombou em todo o México, nas mesmas proporções que Chaves ou Chapolin. No entanto, não chegou a fazer tanto sucesso no Brasil, mesmo que tenha chegado a ser dublada e exibida no SBT.
 A trama falava de Chaveco (personagem de Bolaños) e Peterete (personagem de Ramón Valdés), dois ladrões que assaltavam pessoas e casas, sendo que o primeiro era o capanga do segundo, que por ser mais inteligente era quem arquitetava os furtos. Já em meados de 1975, a parceria entre Bolaños e Ramón se desfez (devido a uma briga de Roberto com o ator Carlos Villagran, intérprete do Quico) e o roteiro foi mudado para que ao invés de Peterete, o parceiro de Chaveco fosse Botijão, ladrão interpretado por Edgar Vivar (eterno Seu Barriga).
 Mesmo com o roteiro sendo modificado mais tarde para que Botijão e Chaveco pudessem ser trabalhadores honestos e atrapalhados de um hotel, Bolaños continuou atuando dignissimamente bem. Mostrando que tantos anos de parceria com Ramón Valdés lhe valeram o aprendizado de como agir como um trambiqueiro.
 E o fato de Chompiras ter ficado no ar por tanto tempo (sendo que permaneceu por anos depois do cancelamento de Chaves e Chapolin) mostra que o grande mestre Bolaños sempre soube demonstrar amor por seus personagens...nunca os abandonando antes do tempo.


                                             IV - Doutor Chapatin 


 Esse é bem famoso no Brasil por suas participações especiais e aparições no programa do Chapolin que era exibido no SBT. Seu bordão "já me deu coisa" seguido de seus gestos em frente aos olhos. Também não podemos nos esquecer do quanto o velhinho que dizia ter todos os anos de idade era mal-humorado e grosso com seus pacientes, que deixavam sempre bem claro o quão experiente e renomado o mesmo era no mundo da medicina.
 Mesmo que não tenha visto suas próprias esquetes, você ao menos já viu a imagem de Chapatin. Com seu jaleco marrom, cachecol vermelho e seu saquinho de conteúdo misterioso o doutor até fez um featuring na famosa canção "Se Você é Jovem Ainda", presente na série do Chaves.
 Assim como o Chaveco, de Chompiras, Chapatin foi um dos personagens que Bolaños mais amou interpretar, sendo que foi o único personagem que  esteve presente em todos os quadros de todos os programas do qual o pequeno Shakespeare já participou. A´te mesmo no filme El Chanfle, estrelado pelo elenco de Chaves, o clássico Chapatin aparece como um easter egg.
 O mais hilário na atuação de Bolaños como Dr. Chapatin é de que parece apenas uma versão envelhecida de Chaves, seu personagem mais famoso. Ainda que não seja tão difícil a elaboração de um personagem como Chapatin. Afinal, foi só acrescentar comicidade a um tipo de pessoa muito comum - O idoso folgado que se aproveita de sua condição "desgastada" para ter vantagem, enquanto questiona:
 - Insinua que sou velho?


                                               III - Charles Chaplin


Pouquíssima gente sabe, mas um dos grandes talentos de Bolaños era a imitação. E, se me permitem dizer, seu dom se mostrava presente principalmente quando resolvia imitar Chaplin. Era idêntico. Os pulinhos, o jeito preso de andar, a mexidinha no bigode e sobrancelhas, o modo de mexer os braços e até mesmo as cômicas expressões faciais (que também são vistas em comediantes antigos do Brasil como o eterno Ronald Golias). Tudo idêntico.
 Bolaños já apareceu como Chaplin algumas vezes em episódios de Chapolin Colorado onde aconteciam festas á fantasia. Sempre surgia uma ocasião em que um sujeito fantasiado de Chaplin aparecia, e esse era o momento de Bolaños brilhar. Também no programa do Polegar Vermelho, houve um especial chamado "Chapolin no Cinema" onde pequenas esquetes de Bolaños imitando atores clássicos eram exibidas. Cá entre nós, a de Charles Chaplin era a mais engraçada e fiel aos trejeitos do ator. Em minha sincera opinião, Bolaños foi o segundo melhor Chaplin visto na cultura pop. Perdendo apenas para o próprio Charles Chaplin, e estando na frente tanto do Chaplin dos desenhos animados  e do Chaplin que Robert Downey Jr. interpretou em 1992. 

                                                     II - Chaves


Você conhece o Chaves. Seria uma enorme perda de tempo introduzi-lo. Ainda mais aqui, num blog brasileiro. O fato é - Se você cresceu tendo uma televisão no Brasil, é óbvio que passou dias assistindo Chaves e que sabe todas as falas de todos os episódios. Isto é quase que uma obrigação patrimonial!!
 Chaves foi o primeiro personagem da série El Chavo del Ocho (O Menino do Oito, em português). O personagem nunca teve nome, e seguiu sendo chamado de Chavo (menino, em espanhol) durante toda a série. No Brasil, Chaves. Na série, sempre que estávamos próximos de descobrir o verdadeiro nome do menininho morador de rua...alguém aparecia e acabava com a piada.
 Com a alma sempre alegre e esfomeada por um belo sanduíche de presunto, Chaves representava magistralmente bem a imagem do órfão que mora na rua (ou num barril...ou no Oito) e que não tem pais ("Eu tenho pais...nós apenas não fomos apresentados")...mas que dá seu jeito de se virar com a ajuda dos amigos (vizinhos, professores, colegas) e de seus "bicos" (vendedor de refrescos, garçom e até engraxate).
 E além de tudo, a atuação de Bolaños fazia com que o rosto triste que o Chavinho fazia ao não poder ir para Acapulco fosse tão realista que chega, agora,a se assemelhar com nossos rostos ao saber de seu falecimento. Descanse em paz, Chaves...todos temos paciência com você.

                                        I - Chapolin Colorado


 Em 1970, Bolaños teve uma ideia que seria, não a mais consagrada, mas o melhor de seus trabalhos desenvolvidos - Chapolin Colorado.
 Chapolin era genial. Surgiu como crítica social e sátira de super-heróis americanos. Sem poderes, dinheiro, recursos ou até mesmo inteligência, o Polegar Vermelho (como também era chamado) pisava no calo de muitos dos governantes do México que se ofendiam a ver um herói de sua nação retratado como um pé rapado qualquer que era o Chapolin.
 A questão de Chapolin (série de TV que dispensa apresentações) ser superior no quesito qualidade á Chaves se deve a alguns fatores:

  • A diversidade de personagens. Claro que os elencos das duas séries eram completamente iguais. Mas enquanto no Chaves, Don Ramón era sempre o Seu Madruga e Carlos Villagrán era sempre o Kiko, os mesmos atores mudavam de personagem a cada episódio (podendo ser o Chinesinho, Quase Nada, Alma Negra, Tripa Seca, Super Sam e Homem-Nuclear).
  • Chaves tinha a monotonia básica de ter um cenário limitado. Se não estavam na Vila, estavam na escola ou no restaurante da Dona Florinda. Por isso mesmo que os episódios de quando saem da vila (e vão á casa do Sr. Barriga ou á Acapulco) são os mais interessantes. Chapolin não. Tendo poderes de teletransporte, o vermelhinho poderia ir para qualquer país, planeta...ou época. Chegando até a presenciar a romântica história de Juleu e Romieta. 
  • Chaves era bem mais infantil. As piadas mais adultas que ouvíamos em Chaves vinham da boca de Seu Madruga. Chapolin já tem um público um pouco mais velho justamente por todos os seus personagens principais já serem adultos com malícia (Chapolin mesmo vivia tentando arrancar beijos de mulheres lindas interpretadas por Florinda Meza). É como se Chapolin Colorado fosse uma série de TV com todas as piadas roteirizadas por Seu Madrugada. Não seria difícil de acreditar, com a quantidade de empregos que o coitado já teve.
  • Chaves não tem superpoderes. Básico. Chapolin possui as pastilhas encolhedoras de nanicolina (para que possa espionar sem ser visto), anteninhas de vinil (que detectam a presença do inimigo), a corneta paralisadora (que imobiliza o inimigo),  e a Marreta Biônica (que, assim como o martelo do Thor, vem á Chapolin com a força do pensamento).
 Mas podemos deixar bem claro que, o super-poder mais forte de Chapolin, Chaves também tinha...e era o poder que Bolaños consegui perpetuar - Deixar saudades em nossos corações.
 Porque em um mundo cheio de comédia suja onde toda piada inocente corre o risco de ser tachada como boba, sem graça e infantil, só nos resta uma pergunta a fazer:
Oh, e agora? Quem poderá nos ajudar?

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